Vários contestatários libertados provisoriamente na Argélia
Numerosos militantes do movimento de contestação na Argélia foram hoje libertados provisoriamente, incluindo uma das suas figuras, Lakhadar Bouregaâ, veterano da Guerra da Independência, que se tornou um símbolo de repressão, indicou uma associação.
© Reuters
Mundo Argélia
Bouregaâ, 86 anos, deixou a prisão onde estava em prisão preventiva há seis meses, constatou um repórter fotográfico da agência France-Presse.
"O seu julgamento, que deveria começar esta manhã (hoje) foi adiado e o juiz decidiu libertá-lo", explicou à AFP o seu advogado, Abdelghani Badi.
Precisou que Bouregaâ, que foi operado de urgência a uma hérnia em novembro, vai ficar em liberdade até ao julgamento, marcado para 12 de março.
Também foram libertadas dezena e meia de outras pessoas que se encontravam em prisão preventiva há vários meses por ligações ao movimento ("Hirak") de contestação popular do regime desencadeado a 22 de fevereiro, indicou à AFP Kaci Tansaout, presidente do Comité Nacional de Libertação dos Detidos.
Adiantou que continuam a ser libertadas provisoriamente outras pessoas.
O Comité estimava hoje em 140 o número de detidos em todo o país, a maioria em Argel, que aguardam julgamento ou que já foram condenados.
Tansaout evocou uma possível instrução do poder para se libertar a maioria dos "detidos do 'Hirak'", para acalmar a contestação inédita.
O novo Presidente argelino, Abdelmadjid Tebboune, eleito a 12 de dezembro num escrutínio muito contestado e que registou uma taxa de abstenção superior a 60%, sugeriu no dia seguinte ao da vitória ao "Hirak" um "diálogo para construir uma nova Argélia", que já foi recusado pelos manifestantes.
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