Talibãs rejeitam cessar-fogo e apenas admitem redução de violência
Os talibãs avisaram hoje, em comunicado, que rejeitam considerar um cessar-fogo no Afeganistão nas suas negociações com os Estados Unidos, admitindo apenas uma simples redução da violência.
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Mundo Afeganistão
"A verdade é que o Emirado Islâmico do Afeganistão (EIA) não tem planos para um cessar-fogo", afirmam os responsáveis talibãs no comunicado enviado à imprensa.
As discussões entre os dois lados sobre a retirada das forças norte-americanas do Afeganistão estão atualmente suspensas, após um ataque talibã a uma base militar realizada no início de dezembro.
"Os americanos pediram uma redução da violência que está a ser estudada pelo EIA", acrescenta o comunicado, referindo ainda que "a comunicação social divulgou informações falsas sobre um cessar-fogo do EIA".
Um cessar-fogo é uma exigência dos Estados Unidos para assinar qualquer acordo de paz com os talibãs.
Os Estados Unidos e os talibãs estão a negociar há mais de um ano um acordo para a retirada das forças norte-americanas do Afeganistão em troca de garantias de segurança dos insurgentes.
Essas negociações, incluindo o compromisso de "reduzir a violência", estavam quase concluídas em setembro, mas foram suspensas pelo Presidente Donald Trump após um ataque dos talibãs que matou dois soldados norte-americanos.
As conversações ainda foram retomadas, mas foram depois suspensas de novo após um ataque à base militar de Bagram, realizada por forças norte-americanas.
Os talibãs assumiram a responsabilidade por outro ataque na segunda-feira passada, afirmando ter matado um soldado norte-americano.
Atualmente, os Estados Unidos têm cerca de 12 mil soldados no Afeganistão.
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