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Hassan Diab, apoiado pelo Hezbollah, vai formar novo governo do Líbano

O presidente libanês, Michel Aoun, vai nomear primeiro-ministro Hassab Diab, apoiado pelo movimento xiita Hezbollah e os seus aliados, após quase dois meses de hesitações e quando o governo enfrenta uma contestação inédita, indicou hoje a Presidência.

Hassan Diab, apoiado pelo Hezbollah, vai formar novo governo do Líbano
Notícias ao Minuto

17:32 - 19/12/19 por Lusa

Mundo Líbano

"Após consultas parlamentares (...), o presidente encarregou Hassan Diad de formar um governo", declarou a Presidência num comunicado após as reuniões que já tinham sido adiadas duas vezes.

Professor universitário e ex-ministro da Educação (2011-2014), Hassan Diab, 60 anos, conseguiu o apoio de 69 deputados (do bloco dos movimentos xiitas Amal e Hezbollah e de eleitos ligados a Aoun) entre os 128 do parlamento.

Diab, que enfrenta a difícil tarefa de formar um governo para fazer face à pior crise económica do país desde a guerra civil libanesa de 1975-90, não conseguiu o apoio dos principais líderes sunitas do país, incluindo o do anterior primeiro-ministro Saad Hariri.

A agência noticiosa norte-americana Associated Press nota que ainda não é claro se a nomeação satisfaz os manifestantes cujo protesto levou à demissão de Hariri e que pediram um governo de tecnocratas e independentes.

À beira do colapso económico, o Líbano é palco desde 17 de outubro de uma revolta popular inédita contra a classe dominante, acusada de corrupção e incompetência, e corre agora o risco da violência sectária.

Globalmente pacífico, o movimento de contestação tem sido marcado desde sábado por confrontos violentos entre manifestantes antigovernamentais e forças de segurança e entre estas e partidários dos movimentos xiitas Hezbollah e Amal, que atacaram os contestatários.

Cerca de um terço dos libaneses vive abaixo do limiar de pobreza e o desemprego, que atinge mais de 30% da população jovem, tem aumentado.

A precária situação económica e financeira do Líbano degradou-se nas últimas semanas, com crescentes restrições bancárias, uma falta de liquidez e receios de uma desvalorização da moeda, a libra libanesa, indexada ao dólar desde 1997.

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