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Recusa de entrada a repórteres de Hong Kong gera silêncio nos media

Os jornalistas chineses em Macau para acompanhar a visita do Presidente da China, que chegou hoje ao território, preferiram não comentar os vários casos de repórteres de Hong Kong impedidos de entrar na cidade.

Recusa de entrada a repórteres de Hong Kong gera silêncio nos media
Notícias ao Minuto

11:10 - 18/12/19 por Lusa

Mundo Hong Kong

As autoridades de Macau recusaram hoje a entrada no território a um profissional da emissora pública de Hong Kong, RTHK. Já o operador de imagem pôde seguir viagem, depois de ter deixado as autoridades acederem ao telemóvel e ao conteúdo das conversas nas redes sociais, adiantou a própria RTHK.

"Isso é uma situação complicada", disse uma editora do grupo, detido pelo Gabinete de Ligação do Governo central chinês em Hong Kong, que publica o jornal pró-Pequim, Wen Wei Po. Betty Zuo Feng sublinhou ter entrado em Macau sem quaisquer problemas.

Questionado sobre o porquê de a imprensa pró-Pequim de Hong Kong não ter tido problemas na fronteira, um enviado do Ta Kung Pao, que faz parte do mesmo grupo, limitou-se a dizer: "só estou a fazer o meu trabalho".

Mais de 650 profissionais da comunicação social registaram-se para fazer a cobertura noticiosa da terceira visita do líder chinês a Macau.

A deslocação do Presidente da China, Xi Jinping, está a ser marcada por medidas especiais de segurança, numa altura em que prosseguem os protestos na vizinha Hong Kong.

Betty Zuo, que trabalha há dois anos em Hong Kong, disse não achar estranha a diferença no clima político das duas regiões administrativas especiais chinesas. "Sítios diferentes têm condições diferentes", sublinhou a jornalista natural do norte da China.

O clima de tensão parece também ter alastrado aos jornalistas de língua chinesa que se encontram em Macau para fazer a cobertuda noticiosa da visita de Xi Jinping.

A Lusa tentou repetidamente falar com os enviados da televisão estatal chinesa CCTV (China Central Television), mas todos se escusaram a comentar a visita. Já os enviados do Ta Kung Pao disseram não estar autorizados a dar entrevistas.

Só Betty Zuo Feng aceitou falar, e descreveu o 20.º aniversário da transição de administração, que acontece na sexta-feira, como "muito importante e "uma ocasião muito feliz" para Macau.

Xi Jinping vai também presidir à posse do novo chefe do Governo, Ho Iat Seng, único candidato ao cargo escolhido por um colégio eleitoral de 400 membros de vários setores representativos da sociedade de Macau e posteriormente nomeado por Pequim.

O jornalista do Ta Kung Pao relacionou o desenvolvimento económico de Macau, desde a transição em 1999, com a "estabilidade e eficiência" do regime político local.

"Ao contrário de Portugal, onde é mais fácil mudar o Governo, não é?", comentou.

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