Rick Gates, o 'número dois' da campanha eleitoral do presidente norte-americano, foi condenado a 45 dias de prisão e três anos de liberdade condicional por conspiração e falso testemunho na investigação à alegada ingerência russa nas eleições presidenciais de 2016, reporta o Washington Post.
O ex-assessor de Donald Trump, que trabalhava na campanha eleitoral sob a supervisão de Paul Manafort, poderá cumprir os dias de prisão aos fins de semana ou de outra forma que seja negociada com os agentes federais (FBI).
Gates é uma das mais de três dezenas de pessoas processadas no âmbito da investigação de Robert Muller à alegada interferência da Rússia nas eleições dos Estados Unidos, em 2016. Outros cinco antigos assessores de Trump foram processados (Paul Manafort, Roger Stone, George Papadopoulos, Michael Cohen e Michael Flynn), além de 26 cidadãos russos.
O lóbista declarou-se culpado, em fevereiro de 2018, das acusações pelas quais foi condenado, numa tentativa de reduzir a pena em que incorria: na altura, apontava-se para uma pena de entre 57 a 71 meses de prisão.
Esta poderia, porém, ser reduzida pelo procurador mediante a colaboração do acusado, o que acabou por acontecer, tendo até sido elogiado pelo Departamento de Justiça pela sua cooperação "consistente e leal".
Rick Gates foi acusado de contactar em 2016, mesmo antes das eleições presidenciais, com uma pessoa que, segundo o FBI, tem relações com a espionagem russa.
Todos os colaboradores de Trump acusados se declararam culpados no julgamento e os três que anteriormente já tinham sido condenados sofreram igualmente penas de prisão efetiva. Dois outros colaboradores ainda aguardam uma sentença judicial.