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Exército diz que foi negada justiça ao ex-Presidente Musharraf

O exército paquistanês considerou que foi negada justiça ao ex-Presidente Pervez Musharraf, exilado no Dubai e condenado à morte à revelia por ter cometido "alta traição".

Exército diz que foi negada justiça ao ex-Presidente Musharraf
Notícias ao Minuto

15:01 - 17/12/19 por Lusa

Mundo Paquistão

"O procedimento legal regular parece ter sido ignorado", afirmou o Exército em comunicado hoje divulgado, referindo que lhe foi "negado o direito fundamental à defesa" e feito um julgamento "à pressa".

Pervez Musharraf "nunca poderia ser um traidor", insistiu o exército, acrescentando que a sentença causou "muita angústia e dor".

O advogado do antigo chefe de Estado paquistanês, Azhar Siddique anunciou hoje que um tribunal especial formado por três juízes condenou Pervez Musharraf à morte por alta traição.

A condenação refere-se à decisão que o ex-Presidente tomou em 03 de novembro de 2007, quando impôs o estado de emergência no país e suspendeu a ordem constitucional.

O ex-general do Exército Paquistanês, de 76 anos, está no Dubai, para onde viajou em março de 2016, alegando problemas médicos e com a promessa de regressar entre "quatro e seis semanas". Mas, desde então, recusou-se a retornar ao Paquistão.

"Agora, temos o direito de recorrer da sentença junto do Supremo Tribunal", acrescentou Siddique.

O tribunal, que decidiu por dois votos contra um, emitirá um veredicto detalhado em 48 horas.

Além deste caso, o ex-general enfrenta várias acusações, como não ter protegido a vida da ex-primeira-ministra Benazir Bhuto, assassinada em 2007.

O processo de traição contra o ex-Presidente começou em 2013 e Musharraf era acusado de impor o estado de emergência e decretar a prisão de dezenas de juízes no Governo do então primeiro-ministro Nawaz Sharif, precisamente o Presidente que Musharraf retirou do poder num golpe de Estado em 1999.

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