"É inadmissível pagar uma fortuna e ter um serviço destes. Sem explicações da empresa, sem solução para quem tem voos", disse à Lusa Susana Mendonça, um dos mais de 100 passageiros que está em Díli à espera de voar para Bali, na Indonésia.

O voo de hoje deveria ter saído de Díli cerca das 14h30 horas locais, mas duas horas e meia depois o aparelho procedente de Bali ainda nem sequer tinha aterrado na capital timorense.

Mais de uma centena de passageiros estavam hoje na sala de embarque em Díli, muitos deles com voos de ligação em Bali para outros destinos, nomeadamente na Europa.

Já na segunda-feira, o voo da Sriwijaya foi cancelado, tendo os passageiros -- que pagaram uma média de 450 a 480 dólares (400 a 430 euros) pela viagem de ida e volta - terem de pagar mais 100 dólares (89 euros) para mudar para a Citilink, empresa do mesmo grupo que também voa para Díli.

Fonte da Sriwijaya em Bali explicou à Lusa que o cancelamento do voo de segunda-feira ocorreu porque o aparelho que estava destinado a realizar a viagem estava na lista negra das autoridades timorenses.

O mesmo aparelho tinha, em dezembro do ano passado, causado o pânico entre os passageiros a bordo devido a um problema com a circulação de ar no compressor do motor direito.

Timor-Leste pediu à Sriwijaya na altura que deixasse de usar o aparelho em causa.

No caso de hoje, o voo de Bali para Díli estava preparado para sair a horas com os cerca de 180 passageiros a bordo, quando o piloto decidiu fazer uma segunda verificação "a uma questão técnica", segundo fonte da empresa.

"Era uma questão que demorava 20 minutos. Mas houve 60 passageiros que decidiram que não queriam voar", referiu a fonte.

"Isso afetou o tempo de saída já que foi necessário retirar as bagagens de 60 pessoas, atrasando a partida", sublinhou.

Dezembro é, tradicionalmente, um momento de grande intensidade nos voos de saída da capital timorense com muitas pessoas a fazerem viagens para a Europa.

A ligação com Bali era, até recentemente, a única opção, especialmente para quem está a utilizar viagens de ida e volta já compradas.

Desde 31 de outubro foram retomados os voos para Singapura oferecendo alternativas adicionais.

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