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PP e Cidadãos recusam facilitar investidura de Governo do PSOE

O secretário-geral do PSOE (socialista), Pedro Sánchez, voltou hoje a receber a recusa do PP (direita) e do Cidadãos (direita liberal) ao seu pedido para que facilitem a investidura de um Governo de coligação com o Unidas Podemos (extrema-esquerda).

PP e Cidadãos recusam facilitar investidura de Governo do PSOE
Notícias ao Minuto

14:10 - 16/12/19 por Lusa

Mundo Espanha

Depois do encontro que teve com Sánchez, o líder do PP (Partido Popular), Pablo Casado assegurou que "não pode abster-se perante um governo socialista com os comunistas do Podemos [extrema-esquerda], o que seria letal para a Espanha e um suicídio para" o seu partido.

Por seu lado, a líder provisória do Cidadãos, Inés Arrimadas, voltou a insistir no que é conhecido como a "via dos 221" deputados (PSOE, PP e Cidadãos), um pacto entre os partidos constitucionalistas espanhóis, que afaste os socialistas do acordo que estão a tentar negociar com o Unidas Podemos e os independentistas da ERC (Esquerda Republicana da Catalunha).

A líder parlamentar do PSOE, Adriana Lastra, destacou no final dos encontros que o candidato à investidura e líder do PSOE tinha pedido a Pablo Casado que o seu partido se abstivesse e, num outro encontro, a Inés Arrimadas um voto a favor desse executivo, se estes não quisessem que o futuro governo dependesse da ERC.

O Rei de Espanha, Felipe VI, convidou oficialmente na semana passada Pedro Sánchez para tentar formar um novo Governo, uma decisão esperada, visto que o líder socialista é o único candidato possível para suceder a si próprio.

Pedro Sánchez aceitou a tarefa de tentar formar um novo executivo apesar de ainda não ter assegurado os apoios parlamentares necessários.

O PSOE já tem desde meados de novembro com o Unidas Podemos, a quarta maior força política, um pré-acordo de Governo, que aguarda agora o resultado das negociações que estão a ter para que a ERC se abstenha na votação de investidura e permita assim a formação do novo executivo.

As negociações entre o PSOE e a ERC arrastam-se há várias semanas, sendo muito pouco provável que o novo executivo tome posse antes do fim do ano, como os socialistas gostariam.

A ERC afirma que não tem pressas e faz depender a sua abstenção a uma série de exigências, entre elas a criação de uma "mesa de conversações" entre os Governos de Espanha e o da região autónoma, onde se possa falar também da questão da autodeterminação da Catalunha.

O PSOE assegura que não permitirá qualquer compromisso que ponha em causa a Constituição ou a unidade do país.

O líder do terceiro maior partido espanhol e segundo maior da oposição, Santiago Abascal do Vox (extrema-direita), recusou reunir-se hoje com Sánchez, porque os socialistas estão a negociar com "os inimigos de Espanha", numa alusão à ERC e ao EH Bildu (separatistas bascos).

Pedro Sánchez vai esta terça-feira telefonar a todos os presidentes das comunidades autónomas sobre os seus esforços para formar Governo, enquanto Adriana Lastra tem reuniões com os restantes partidos com representação parlamentar.

Na consulta eleitoral de 10 de novembro último, para o Congresso dos Deputados, o PSOE teve 28,0% dos votos (120 deputados), seguidos pelo PP com 20,8% (88), o Vox com 15,1% (52), o Unidas Podemos com 12,8% (35), e o Cidadãos com 6,8% (10), ERC com 3,6% (13), com os restantes votos divididos por outros partidos regionais.

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