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PR do Líbano defende consultas até quinta-feira para nomear governo

O presidente do Líbano, Michel Aoun, propôs hoje consultas parlamentares para a eleição de um novo primeiro-ministro, após a demissão de Saad Hariri em outubro na sequência de uma profunda crise política.

PR do Líbano defende consultas até quinta-feira para nomear governo
Notícias ao Minuto

09:51 - 16/12/19 por Lusa

Mundo Líbano

"O presidente Aoun respondeu à petição do primeiro-ministro Hariri (demissionário) que pediu o adiamento das consultas parlamentares até quinta-feira, dia 19 de dezembro, para a formação de um novo governo", indicou o chefe de Estado libanês através da rede social Twitter.

Trata-se da quarta vez, desde a demissão de Hariri, que o presidente adia a nomeação de um novo primeiro-ministro, que nesta altura deve ser muçulmano sunita, de acordo com o sistema que rege o país, desde o final da guerra civil (1975-1990).

Hariri demitiu-se no passado dia 29 de outubro pressionado pelo movimento civil que tem organizado manifestações e protestos contra os casos de corrupção que atingem a classe política.

Durante o fim de semana voltaram a registar-se violentos confrontos durante os protestos contra a possibilidade de regresso de Hariri ao cargo de chefe do governo.

A eleição do primeiro-ministro e a formação de um novo governo é uma das condições manifestadas pelas Nações Unidas para ajudar o país a ultrapassar a profunda crise económica.

O Líbano é nesta altura um dos países mais endividados do mundo, acumulando uma dívida de 86.000 milhões de dólares, cerca de 150% do Produto Interno Bruto (PIB).

Entretanto o líder do grupo xiita libanês Hezbolah, Hassan Nasrala, assegurou na sexta-feira passada, durante um discurso na televisão que a formação de um novo Executivo não "ia ser fácil" indicando que apesar de apoiar Hariri, as condições e as regras de nomeação não estão a ser respeitadas.

Hariri procura a formação de um governo tecnocrata enquanto as principais correntes políticas do país defendem "políticos experientes".

O coordenador das Nações Unidas para o Líbano, Jan Kubis, insistiu durante os últimos dias na formação "urgente" de um "governo inclusivo e competente e apoiado pelo povo".

No passado dia 11 de dezembro, membros do Grupo de Apoio Internacional para o Líbano, promovido pela França e pelas Nações Unidas fixaram um plano de ajuda ao país que deve formar "com urgência" um novo Executivo.

O grupo é formado pela República Popular da China, Egito, Alemanha, Itália, Kuwait, Rússia, Emiratos Árabes Unidos, Estados Unidos e Reino Unido, além de instituições europeias e da Liga Árabe.

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