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Seis mortos em manifestações contra lei da nacionalidade na Índia

Seis pessoas morreram desde o início das manifestações no nordeste da Índia contra a lei que facilita a obtenção de nacionalidade indiana por refugiados desde que não sejam muçulmanos, segundo um novo balanço divulgado pelas autoridades.

Seis mortos em manifestações contra lei da nacionalidade na Índia
Notícias ao Minuto

10:58 - 15/12/19 por Lusa

Mundo Índia

Em certas zonas a Internet foi cortada e foi imposto um recolher obrigatório para tentar acabar com a contestação, mas cerca de 5.000 pessoas já estão a manifestar-se na maior cidade do estado de Assam, Guwahati.

A nova lei facilita a atribuição da cidadania indiana a refugiados do Afeganistão, Bangladesh e do Paquistão, com a condição de que não sejam muçulmanos.

A alteração modifica a Lei da Cidadania de 1955 para permitir que imigrantes hindus, sikh, budistas, jainistas, parses e cristãos originários do Afeganistão, Bangladesh e Paquistão que tenham ido para o país antes de 2015, possam obter a cidadania indiana.

Em Assam, quatro pessoas morreram no hospital depois de terem sido atingidas por balas disparadas pela polícia, anunciaram as autoridades. Outra pessoa morreu numa tenda, que foi incendiada e uma sexta foi espancada até à morte durante uma manifestação, segundo as mesmas fontes.

A circulação de comboios foi suspenda em algumas zonas do estado de Bengala Ocidental devido à violência, depois de manifestantes terem incendiado comboios e carros.

O ministro do Interior indiano, Amit Shah, voltou hoje a apelar à calma, referindo que as culturas locais dos estados do nordeste não estão ameaçadas devido ao receios de que fluxo de imigrantes do Bangladesh.

"A cultura, a língua, a identidade social e os direitos políticos dos nossos irmãos e irmãs do nordeste irão continuar", afirmou o ministro durante uma reunião no estado de Jharkhand, segundo a cadeia de televisão News18.

A oposição e organizações de defesa dos direitos humanos consideram que esta lei faz parte do programa nacionalista do primeiro-ministro Narenda Modi com o objetivo de marginalizar os cerca de 200 milhões de indianos muçulmanos.

Na sexta-feira, o Governo do Japão anunciou o adiamento da viagem à Índia do primeiro-ministro, Shinzo Abe, devido à intensificação dos protestos em alguns pontos do país que previa visitar.

O primeiro-ministro português, António Costa, desloca-se a Nova Deli na próxima quinta-feira, numa curta visita que inclui um encontro de trabalho com o chefe do Governo da Índia, Narendra Modi, tendo em vista o aprofundamento das relações bilaterais.

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