Tribunal canadiano recusa suspender lei que proíbe símbolos religiosos
Um tribunal canadiano recusou suspender os pontos centrais de uma controversa lei do Quebeque que proíbe símbolos religiosos a funcionários públicos reconhecendo, no entanto que "causa danos irreparáveis às pessoas afetadas".
© iStock
Mundo Quebeque
O Tribunal de Apelo Provincial anunciou a decisão (2-1), tomada quinta-feira, alegando que a lei deve continuar em vigor até que haja uma decisão definitiva do Tribunal Superior do Quebeque.
A lei está a ser desafiada com quatro processos em tribunal diferentes, três das quais são esperadas serem apresentadas em outubro de 2020.
Uma organização nacional muçulmana, um grupo de liberdade civil, e um estudante universitário que utiliza um 'hijab', véu islâmico, pretendiam a suspensão da lei até à decisão final do Tribunal Superior do Quebeque.
Na sua decisão, os três juízes do Tribunal de Apelo disseram concordar que há provas que a lei está "fere" os residentes no Quebeque que utilizem símbolos religiosos sendo "aparente que os seus direitos fundamentais estão a ser violados".
A Lei 21, em vigor desde junho passado, proíbe alguns trabalhadores do setor público, incluindo professores, agentes da polícia, e guardas prisionais de utilizarem símbolos religiosos no seu local de trabalho.
O primeiro-ministro do Quebeque, François Legault alega que ao aplicar esta legislação se "está a proteger a cultura secular do Quebeque" colocando um ponto final nos debates públicos em "como acomodar práticas culturais minoritárias".
Em comunicado a ministra da Justiça da província francófona Sónia LeBel manifestou a sua satisfação pela decisão do tribunal.
"Vamos continuar a defender os méritos e a constitucionalidade desta lei, bem como de todas as leis adotadas democraticamente pela Assembleia Nacional", realçou.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com