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Chefe do Pentágono não quer Estados "parasitas" na NATO

O chefe do Pentágono, Mark Esper, defendeu na sexta-feira o aumento drástico das despesas militares exigidas pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, aos aliados dos EUA, considerando que a NATO não pode ter Estados "parasitas".

Chefe do Pentágono não quer Estados "parasitas" na NATO
Notícias ao Minuto

07:43 - 14/12/19 por Lusa

Mundo NATO

"A maior parte dos países considera os EUA como o melhor parceiro para a sua segurança, não apenas por causa da superioridade das nossas capacidades e dos nossos equipamentos militares, mas também por causa dos valores que nós defendemos", declarou o secretário da Defesa norte-americano, durante uma intervenção do centro de reflexão Conselho de Relações Externas (CFR, na sigla em inglês).

"As nossas alianças não estão baseadas em transações comerciais", acrescentou. "São antes baseadas no respeito mútuo, nos valores e em uma vontade partilhada de os defender", acrescentou.

O antigo diplomata Richard Haas, presidente do CFR, contrapôs que alguns membros da NATO entendiam justamente que a aliança com Washington era cada vez mais "transacional" e duvidavam da vontade dos EUA de os defender, em caso de agressão, se não tivessem pago o suficiente.

"Para muitos dos nossos aliados, (as relações) parecem mesmo condicionadas" aos dois por cento do produto interno bruto (PIB) que Washington exige que os membros da NATO gastem em Defesa, acrescentou Haas.

"Não penso que seja uma transação, é uma obrigação", replicou Esper. "Os EUA consagram 3,5% do seu PIB para a sua defesa, a dos seus aliados e a dos seus parceiros. Vários destes países dedicam menos de um por cento" à sua defesa, continuou.

"Há anos, há dezenas de anos, que solicitámos aos nossos parceiros europeus que contribuam mais para a Aliança. Não o fizeram", prosseguiu.

"Não penso que seja pedir demais", concluiu. "Todos os países devem contribuir mais para a sua defesa. Não pode haver parasitas. Não pode haver reduções. Estamos tomos envolvidos", insistiu.

Os membros da NATO comprometeram-se em 2014 a elevar as suas despesas com a defesa para o equivalente a dois por cento do PIB até 2024. Mas apenas nove atingiram este valor em 2019 e a Alemanha já fez saber que não o atingiria "antes do início da década de 2030".

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