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ONU denuncia repressão durante manifestações no Chile

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos denunciou a "repressão" das manifestações no Chile e as "múltiplas violações dos direitos humanos" realizadas pela polícia, com base num relatório hoje divulgado pelo organismo da ONU.

ONU denuncia repressão durante manifestações no Chile
Notícias ao Minuto

14:30 - 13/12/19 por Lusa

Mundo Chile

Este relatório foi preparado por especialistas do Alto Comissariado que visitaram o Chile entre 30 de outubro e 22 de novembro.

"A gestão das manifestações pela polícia foi realizada de maneira fundamentalmente repressiva", disse a líder da missão, Imma Guerras-Delgado, durante a apresentação do relatório em Genebra, na Suíça.

O documento contém exemplos específicos de tortura, maus-tratos e violações por parte da força policial militarizada contra os detidos, muitos dos quais foram detidos arbitrariamente.

O relatório indica que, com base em informações coletadas de uma ampla variedade de fontes, "a polícia repetidamente não fez distinção entre manifestantes pacíficos e violentos".

Durante a missão, a equipa do Alto Comissariado conseguiu documentar 113 casos de tortura e maus-tratos e 24 casos de violência sexual contra mulheres, algumas muito jovens, e homens, cometidos por agentes da polícia e militares.

"A polícia tem uma responsabilidade na prática de violações dos direitos humanos. No que diz respeito às responsabilidades individuais da polícia, não podemos concluir. Estas terão que ser estabelecidas a nível nacional", observou a líder da missão.

Segundo informações oficiais citadas no relatório, mais de 28.000 pessoas foram detidas entre 18 de outubro e 06 de dezembro, e a maioria delas foi posteriormente libertada.

O movimento de protesto social que sacode o Chile desde 18 de outubro é o mais grave desde o retorno da democracia em 1990.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos conseguiu verificar informações sobre 11 das 26 mortes que as autoridades estão a investigar.

Quatro desses casos constituem "uma privação arbitrária da vida e mortes que envolvem agentes do Estado".

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