Ativistas do Greenpeace protestam e pedem mais ação na luta
Ativistas da organização ecologista Greenpeace colaram hoje vários cartazes junto ao edifício onde está a decorrer a cimeira do clima, em Madrid, para pedir aos políticos mais ação na luta contra as alterações climáticas.
© Reuters
Mundo COP25
"A nossa política está poluída", pode ler-se num dos cartazes que os ativistas penduraram a vários metros de altura em postes de iluminação no estacionamento do recinto onde está a decorrer a cimeira internacional.
A Greenpeace também publicou na rede social Twitter várias fotografias da iniciativa com o título "Ação!, Ação!, Ação! acompanhadas de um texto no qual destacam que a cimeira do clima termina hoje sem acordo.
Um dos ativistas disse à agência espanhola Efe que a Greenpeace está ali "porque os políticos não são suficientemente ambiciosos" e que "não está a ser tomadas nenhuma decisão na COP25".
A cimeira do clima da ONU (COP25) chega hoje ao último dia com tudo o que é essencial para decidir, dos mercados de carbono às compensações por perdas e danos decorrentes das alterações climáticas.
Ao 12.º dia, delegações de dezenas de países terão que conciliar interesses e vontades no que toca ao combate às alterações climáticas, com apelos recorrentes quer da sociedade civil quer da própria presidência da conferência e nas Nações Unidas para que sejam adotadas, pelo menos na linguagem, metas mais ambiciosas.
Prazos para chegar à neutralidade carbónica -- em que cada país emite tanto dióxido de carbono quanto é capaz de absorver com a sua floresta -, contribuições para o fundo climático verde e a regulação do mercado de licença de emissões eram pontos que até quinta-feira à noite não tinham tido consenso.
A própria ministra do Ambiente do país anfitrião (Espanha), Teresa Ribera, admitiu que as nações participantes andam a duas velocidades: uns querem acelerar e aumentar a ambição das metas, outros não querem sair do que já se debate há quatro anos, desde a assinatura do acordo de Paris.
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