França recebe "nos próximos meses" 400 requerentes de asilo da Grécia
A França anunciou hoje que vai receber 400 requerentes de asilo da Grécia, "nos próximos meses", indicou o embaixador francês em Atenas, numa entrevista à agência de notícias grega ANA.
© Reuters
Mundo Migrações
"Queremos ajudar a Grécia a lidar com o aumento dos fluxos migratórios nos últimos meses", acolhendo "400 pessoas que chegaram ao território grego", disse o embaixador Patrick Maisonnave.
Em 2019, a Grécia voltou a ser a primeira porta de entrada para migrantes e refugiados na Europa.
O fluxo migratório através das ilhas do Mar Egeu para a Turquia, continua a ser o mais elevado nos últimos anos, com mais de 55.000 chegadas em 2019, segundo o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR).
As chegadas através da fronteira terrestre com a Turquia também estão a aumentar desde 2018.
De acordo com a ACNUR, este ano, mais de 14.000 pessoas seguiram essa rota perigosa.
Para os requerentes cujos pedidos de asilo foram recusados, o embaixador francês indicou que a França "colaboraria com a Grécia e a Agência Europeia de Controlo de Fronteiras (Frontex), para que retornassem aos seus países de origem".
"Também reforçaremos o combate contra as redes de tráfico de imigração ilegal" com "a presença de especialistas franceses na Grécia", acrescentou Patrick Maisonnave.
Este deslocamento de requerentes de asilo na França, será o primeiro desde o final do programa europeu de "recolocadas" criado em 2015, no auge da crise migratória, com o objetivo de aliviar a Itália e a Grécia do afluxo de migrantes que fogem da guerra ou da miséria.
Após difíceis negociações, os Estados-membros decidiram, por maioria, distribuir 160.000 pessoas em dois anos nos países da União.
No entanto, apenas 29.000 pessoas foram "recolocadas", tendo a França aceitado cerca de 2.700.
A questão da distribuição dos requerentes de asilo continua a ser uma 'dor de cabeça' na União Europeia, desde a crise migratório de 2015, os quatro países pertencentes ao chamado Grupo de Visegrado (Polónia, República Checa, Eslováquia e Hungria) ainda se opõem à sua receção.
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