"Enquanto os Estados Unidos reavaliam a sua relação bilateral com o Governo do Sudão do Sul, o Departamento de Estado vai implementar restrições sob a Lei de Imigração e Nacionalidade(...) contra todos os que comprometam ou impeçam o processo de paz no Sudão do Sul", referiu em comunicado o departamento federal.
O departamento liderado por Mike Pompeo refere que a "violação do cessar-fogo ou do acordo de cessação de hostilidades", "violação do embargo de armas da ONU", "participação na corrupção que alimenta o conflito", "repressão da liberdade de associação" ou o "desrespeito pelos acordos de paz assinados" são algumas das situações que podem levar às restrições.
Os EUA assinalam que estas restrições podem ser aplicadas a membros das famílias dos perpetradores.
No final de novembro, o Departamento de Estado norte-americano chamou o seu embaixador no Sudão do Sul, de modo a "reavaliar relações" entre o Juba e Washington.
O Sudão do Sul, com maioria de população cristã, obteve a sua independência ao separar-se do norte árabe e muçulmano em 2011, mas a partir do final de 2013 o país entrou num conflito civil, provocado pela rivalidade entre o Presidente, Salva Kiir, e o seu então vice-Presidente, Riek Machar.
As partes formaram um Governo de unidade nacional em 2016, que caiu poucos meses após a formação devido a um reinício da violência, tendo essa sido a primeira tentativa de pacificação do jovem país africano.
O acordo para a criação de um Governo unitário com os rebeldes, aprovado em setembro, foi o mais recente de uma série de acordos entre o executivo de Salva Kiir e os rebeldes liderados por Machar desde o início da guerra civil.
Em cinco anos de conflito, estima-se que este tenha provocado a morte de 400 mil pessoas e levado a que quatro milhões ficassem deslocadas.