Fridays For Future denuncia falta de atenção à voz da sociedade civil

A expulsão de jovens de várias organizações não governamentais e indígenas que se manifestavam num dos plenários da Cimeira do Clima, em Madrid, "contradiz" o discurso político de "dar mais voz à sociedade civil", denunciou o movimento FFF.

Espanha monta em tempo recorde conferência prevista para o Chile

© Reuters

Lusa
12/12/2019 14:25 ‧ 12/12/2019 por Lusa

Mundo

COP25

Alejandro Martinez, do movimento Fridays for Future (FFF), considerou que esta atitude vai contra a posição pública transmitida nos discursos políticos.

O protesto de quarta-feira realizou-se sob o lema "é tempo de atuar", sustentou Martinez, denunciando que polícias das Nações Unidas "arrancaram a vários membros de ONG" -- observadores das negociações -- as suas acreditações.

De acordo com Alejandro Martinez, representantes de ONG temiam que esta manhã não lhes fosse permitida a entrada no recinto onde decorre a 25.ª Conferência das Partes (COP25) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, mas, "após as negociações da Climate Action Network (CAN), que aglutina as ONG, "puderam entrar sem problemas".

"Não se está a ouvir a sociedade civil, os povos indígenas, que são mais vulneráveis à mudança do clima", assegurou o ativista em declarações à agência Efe.

A realização da COP25 em Madrid "não permitiu que estivessem presentes" muitos dos representantes indígenas e de organizações sociais que "já tinham o seu espaço no Chile".

A COP25, que termina na sexta-feira, deveria ter-se realizado no Chile, mas devido à situação de agitação social no país acabou por ser transferida para Madrid.

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