Paquistão acusa de traição 250 advogados que agrediram médicos

A justiça do Paquistão acusou hoje de traição 250 advogados que faziam parte de uma multidão que invadiu um hospital em Lahore, na quarta-feira, e agrediu médicos e funcionários, além de provocar destruição de património, anunciou a polícia paquistanesa.

paquistao bandeira

© Reuters

Lusa
12/12/2019 12:09 ‧ 12/12/2019 por Lusa

Mundo

Paquistão

Três pacientes do hospital morreram após médicos e a equipa médica os deixarem sem vigilância por várias horas para poder fugir da multidão, de acordo com as autoridades.

O incidente foi condenado em todo o país e o Governo afirmou que aqueles que estiveram ligados a estes atos de violência serão julgados em tribunais antiterroristas e que a pena máxima será pedida.

A multidão de cerca de 500 advogados - aparentemente enfurecidos com o comportamento inadequado de alguns médicos do hospital em relação a um dos seus colegas no mês anterior - invadiu o Instituto de Cardiologia Punjab na quarta-feira, socando e espancando médicos e outros funcionários.

Além de espancarem os médicos, partiram janelas, portas e equipamentos médicos do único hospital com especialidade em cardiologia administrado pelo Governo na província de Punjab.

Um veículo da polícia foi queimado perto do hospital, enquanto vários carros e motas foram danificados na área de estacionamento do hospital.

A polícia declarou que precisou usar gás lacrimogéneo para dispersar a multidão e a situação levou várias horas para ficar sob o controlo das autoridades.

Segundo as leis paquistanesas, ataques a prédios e outras propriedades do Governo pode levar a acusação de traição. Tais casos são tratados pelos tribunais antiterrorismo, que foram criados principalmente para julgar suspeitos ligados a atos de terrorismo.

Não ficou claro imediatamente quantos dos 250 advogados acusados estão sob custódia da justiça.

"Prendemos alguns advogados e ninguém ligado ao ataque ao hospital será poupado", disse Zulfikar Hameed, o responsável pela polícia de Lahore.

Forças policiais adicionais foram destacadas hoje para o hospital.

Os funcionários do centro hospitalar entraram em greve parcial, exigindo ações duras contra todos aqueles que atacaram o hospital.

A polícia de Lahore estava a realizar buscas hoje para identificar todos os que faziam parte da multidão.

Enquanto isso, representantes dos advogados anunciaram uma greve dos juristas contra o que alegam ter sido uma ação policial unilateral.

 

 

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