Presidenciais na Argélia começaram com ataques a dois centros na Cabília
Duas assembleias de voto na Cabília, norte da Argélia, foram vandalizadas por grupos que se opõem à realização das eleições presidências que se realizam hoje no país.
© Reuters
Mundo Argélia
De acordo com a agência France Presse, que cita testemunhas, duas assembleias de voto na cidade de Béjaia, na região da Cabília, foram alvo de atos de vandalismo.
"As urnas de voto e os boletins foram destruídos", disseram habitantes da cidade à AFP que não identificaram os atacantes.
Após mais de dez meses de contestação os argelinos votam hoje pelo sucessor do presidente Abdelaziz Bouteflika, apesar da votação estar a ser encarada como uma manobra política por parte dos poderes instalados no país para salvar o regime.
Cerca de 60 mil assembleias de voto estão a funcionar desde as 08:00 (07:00 em Lisboa) em todo o país, estando a televisão estatal a exibir imagens da participação nas várias regiões da Argélia.
O "Hirak", movimento contra o regime que surgiu no passado dia 22 de fevereiro e que forçou a demissão de Bouteflika em abril, alerta que o poder, nas mãos dos militares, quis organizar estas eleições a "todo o custo".
Para o movimento trata-se de uma "farsa eleitoral" que pretende manter o "sistema no poder desde a independência", 1962 e sobretudo aqueles que controlam a política desde que Bouteflika foi nomeado presidente, há vinte anos.
Os cinco candidatos presidenciais são considerados pela oposição e por grupos de contestação como "filhos do sistema".
Os centros de voto devem encerrar às 19:00 (18:00 em Lisboa) mas a divulgação dos resultados não deve ser comunicada nas primeiras horas após o fecho das urnas.
Em caso de segunda volta, a eleição deve realizar-se nas próximas semanas.
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