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O que é que acontece após as eleições no Reino Unido?

Ao longo de cinco semanas, as sondagens têm consistentemente apontado para uma vitória do Partido Conservador de Boris Johnson com maioria absoluta, mas os estudos mais recentes admitem um parlamento dividido, o que poderá complicar a formação de um governo.

O que é que acontece após as eleições no Reino Unido?
Notícias ao Minuto

16:38 - 11/12/19 por Lusa

Mundo Reino Unido

Se o Partido Conservador confirmar a maioria dos 650 assentos na Câmara dos Comuns, na sexta-feira de manhã Boris Johnson pode deslocar-se ao Palácio de Buckingham e pedir à rainha Isabel II permissão para formar governo.

Depois, regressa à residência oficial, em Downing Street, para fazer um primeiro discurso oficial sobre as intenções e prioridades dos próximos cinco anos.

O atual governo já deu a conhecer a intenção de convocar o parlamento na terça-feira seguinte, 17 de dezembro, e de realizar o Discurso da Rainha para apresentar o programa legislativo na quinta-feira, numa cerimónia mais discreta do que o habitual, sem a coroa ou trajes protocolares.

No programa eleitoral, o Partido Conservador prometeu iniciar "antes do Natal" o processo legislativo para ratificar o acordo de saída do Reino Unido negociado por Boris Johnson com Bruxelas em outubro para garantir a saída da União Europeia (UE) em 31 de janeiro, pelo que as férias poderão ser adiadas.

Segue-se a apresentação de um novo orçamento em fevereiro, incluindo o corte de impostos, e uma série de medidas para completar até março, como impedir a libertação antecipada de criminosos perigosos, aumentar o financiamento para a educação e saúde e estabelecer um novo sistema de imigração.

Se nem o Partido Conservador nem o Partido Trabalhista tiverem uma maioria para formar governo, é provável que o Discurso da Rainha só tenha lugar em janeiro, pois é necessário um processo para que Boris Johnson ou o líder do 'Labour', Jeremy Corbyn, procurem apoios junto de outros partidos.

Em 2010, o Partido Conservador de David Cameron demorou cinco dias até concluir um acordo de coligação com os Liberais Democratas, mas a atual líder dos 'Lib Dems', Jo Swinson, manifestou-se indisponível para apoiar Johnson ou Corbyn.

Porque não existe uma Constituição escrita, a tradição dita que o primeiro-ministro em funções renuncie se for óbvio que não vai ter a confiança do parlamento, mas Boris Johnson pode manter-se no cargo até surgir uma alternativa sólida ou até perder uma moção de censura.

Se os partidos da oposição conseguirem entender-se, formando uma coligação ou através de um pacto de apoio no parlamento em votações chave, então a pressão aumenta para que o primeiro-ministro apresente a demissão.

Partidos Trabalhista, Liberal Democrata, Nacionalista Escocês, Plaid Cymru e Verdes têm em comum o desejo de um novo referendo ao Brexit, mas discordam na forma de conduzir o processo e em questões como a independência da Escócia ou a economia britânica, pelo que as negociações podem prolongar-se.

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