Secretária-executiva da ONU pede acordo para regular mercado de carbono
A secretária-executiva das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, Patrícia Espinosa, pediu hoje, em Madrid, um acordo para regular o mercado de créditos de carbono, certificados que são atribuídos em função da redução das emissões poluentes.
© Reuters
Mundo COP25
Para Patrícia Espinosa, que falava na abertura da secção ministerial da Cimeira do Clima da ONU (COP25) que decorre na capital espanhola, um acordo a este nível "é essencial para responder" à crise climática.
Segundo a responsável mexicana, um consenso entre as partes "ajudaria a adaptação" dos países aos efeitos das alterações climáticas e a que "o mercado de carbono comece a funcionar".
"Necessitamos das vossas decisões e liderança. Estamos a ficar sem tempo, apesar de continuar a ser uma otimista", afirmou, dirigindo-se aos líderes políticos.
Os países participantes na 25.ª Conferência das Partes (COP25) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas deverão encerrar, na sexta-feira, as negociações sobre vários pontos em litígio para a aplicação prática do Acordo de Paris, de 2015, sobre redução de emissões de gases com efeito de estufa, que provocam o aumento da temperatura no planeta.
Um desses pontos é relativo ao mercado de créditos de carbono. A redução de emissões de gases poluentes traduz-se numa espécie de certificado que é emitido, o chamado crédito de carbono, que, no caso do dióxido de carbono, é equivalente a uma tonelada que deixou de ser produzida.
"Sabemos que um trabalho técnico importante sobre este ponto ficará para o futuro, mas um acordo em Madrid é crucial", frisou Patrícia Espinosa, criticando os governos por "continuarem a subsidiar as energias fósseis".
"Vamos na direção errada, não agimos suficientemente depressa para provocar uma transformação radical na sociedade", sustentou.
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