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Peronista Alberto Fernández (já) foi investido Presidente da Argentina

O peronista de centro-esquerda Alberto Fernández foi hoje investido como Presidente da Argentina, após ter prestado juramento diante no parlamento, numa cerimónia marcada pelos aplausos no hemiciclo dos representantes eleitos da coligação governativa.

Peronista Alberto Fernández (já) foi investido Presidente da Argentina
Notícias ao Minuto

16:20 - 10/12/19 por Lusa

Mundo Argentina

A cerimónia da tomada de posse também foi acompanhada nas ruas pelos apoiantes de Fernández, que reagiram igualmente de forma efusiva e com aplausos, segundo relataram as agências internacionais.

Alberto Fernández, um advogado de 60 anos, sucede na Presidência argentina ao liberal Mauricio Macri e irá governar o país sul-americano, a terceira maior economia da região, até finais de 2023.

No seu primeiro discurso como chefe de Estado, Alberto Fernández apelou à construção de um "novo contrato social solidário", bem como pediu aos argentinos que "superem o muro de ódio e de rancor" que divide o país.

Após ter prestado juramento, Fernández recebeu a faixa presidencial, entregue por Mauricio Macri.

Durante a tarde, o novo chefe de Estado argentino irá deslocar-se ao palácio presidencial, onde irá receber os convidados presentes na cerimónia da tomada de posse, antes da investidura da nova equipa governativa.

Um discurso dirigido aos apoiantes concentrados numa praça em Buenos Aires irá encerrar este primeiro dia da Presidência de Alberto Fernández.

Portugal está representado na cerimónia da tomada de posse pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

Alberto Fernández foi eleito a 27 de outubro com 48% dos votos, derrotando Mauricio Macri, que obteve 40,4%.

Membro destacado do Partido Justicialista, (ex-Partido Peronista, centro-esquerda), Alberto Fernández foi chefe de gabinete dos ex-presidentes Nestor Kirchner e de Cristina Kirchner, que será agora sua vice-Presidente.

Na campanha eleitoral prometeu empenhar-se num acordo nacional envolvendo diferentes setores -- políticos, empresariais, sindicais e sociais -- para tirar a Argentina da crise económica.

Atualmente, a Argentina enfrenta uma taxa de pobreza de 35% e tenta pagar a dívida que tem ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

A economia argentina deverá recuar 3% até ao final do ano corrente, com uma inflação na ordem dos 55%.

A chegada de Alberto Fernández à Presidência, que representa uma viragem ideológica na chefia do Estado argentino, já começou a ter repercussões a nível regional, num momento de ressurgimento de forças de direita no hemisfério sul, e já levou a uma degradação da relação com o Brasil, maior parceiro comercial da Argentina.

Logo no discurso de vitória, Alberto Fernández defendeu a libertação do "injustamente preso" ex-Presidente brasileiro Lula da Silva, o que levou o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, a recusar assistir à tomada de posse do homólogo argentino.

É a primeira vez em 17 anos que um chefe de Estado do Brasil não participa na tomada de posse de um Presidente da Argentina.

O vice-Presidente Hamilton Mourão representou o Brasil na cerimónia.

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