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Comissão acusa Trump de abuso de poder e de obstrução de investigações

Comissão de Justiça anunciou esta terça-feira que o processo de destituição do presidente norte-americano será baseado em duas acusações: abuso de poder e de obstrução das investigações do Congresso.

Comissão acusa Trump de abuso de poder e de obstrução de investigações
Notícias ao Minuto

15:47 - 10/12/19 por Notícias Ao Minuto com Lusa

Mundo Impeachment

Os Democratas vão votar esta semana dois artigos de acusações para sustentar o processo de 'impeachment' contra o presidente norte-americano, Donald Trump. Os dois artigos, que acusam o líder dos republicanos de abuso de poder e obstrução ao Congresso, devem ser votados ainda esta semana, no Comité Judiciário, e antes do Natal no plenário da Câmara de Representantes.

O anúncio foi feito esta terça-feira pelo líder do Comité Judiciário da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Jerrold Nadler, que afirmou que as conclusões do inquérito têm argumentos suficientes para a redação de pelo menos dois artigos de 'impeachment'.

Nadler, que estava ladeado pela líder democrata da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, e por outros cinco representantes de comissões envolvidas na fase de investigação, acusou o presidente dos Estados Unidos de cometer "crimes graves e outros delitos".

Donald Trump é acusado de ter colocado os seus interesses pessoais acima do interesse nacional e de ter tentado obstruir as investigações do Congresso, durante o inquérito para destituição.

"O presidente colocou em risco a nossa democracia, colocou em risco a nossa segurança nacional", disse o líder do Comité Judiciário, Jerrold Nadler, quando anunciou os dois artigos de 'impeachment', em frente a um retrato do primeiro presidente dos EUA, George Washington.

"A nossa próxima eleição está em risco (...) por isso devemos agir agora", disse Nadler, para justificar a decisão das acusações formais contra Donald Trump.

Donald Trump, 73 anos, está sob investigação do Congresso num inquérito para a sua destituição ('impeachment'), acusado de abuso de poder no exercício do cargo.

Trump é suspeito de ter pressionado o presidente da UcrâniaVolodymyr Zelenskiy, a investigar uma empresa ucraniana da qual foi administrador o filho do ex-vice-presidente Joe Biden, seu rival político nas eleições de 2020, em troca de uma ajuda militar dos EUA.

As audições públicas do inquérito arrancaram em 13 de novembro.

Na acusação de obstrução ao Congresso, os democratas alegam que Trump procurou obstaculizar todas as investigações, impedindo vários funcionários da Casa Branca de depor perante os comités envolvidos no inquérito para destituição.

O Comité Judiciário poderá ainda apresentar novos artigos de 'impeachment', no momento de discussão das presentes acusações.

O presidente rejeita todas as acusações, dizendo que o processo é "uma caça às bruxas", destinado a fragilizar a sua campanha de reeleição, em 2020, e recusou a participação da Casa Branca durante o inquérito.

Os artigos de 'impeachment' devem agora ser votados no Comité Judiciário, para depois serem levado para aprovação no plenário da Câmara de Representantes, onde precisarão de uma maioria simples.

O cenário de aprovação é provável, por causa da maioria democrata na Câmara de Representantes.

Contudo, a líder democrata da Câmara de Representantes recusa antecipar um resultado para a eleição, dizendo que "nunca se preocupou em contar os votos".

Se forem aprovados, os artigos seguem para o Senado, que se constituirá como uma espécie de tribunal, onde o presidente poderá apresentar a sua defesa judicial, precisando de uma maioria de 2/3 para que Donald Trump seja afastado do cargo.

Este cenário é improvável, perante a maioria republicana no Senado e depois de manifestações de forte unidade entre a bancada parlamentar que apoia o presidente.

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