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Luxemburgo pede à UE para debater reconhecimento da Palestina

O chefe da diplomacia do Luxemburgo pediu hoje aos seus homólogos da União Europeia um debate sobre o reconhecimento da Palestina para ajudar, segundo ele, a salvar a solução de dois Estados que os colonatos israelitas ameaçam.

Luxemburgo pede à UE para debater reconhecimento da Palestina
Notícias ao Minuto

17:00 - 09/12/19 por Lusa

Mundo Luxemburgo

"Assistimos, dia após dia, ao desmantelamento da solução de dois Estados, peça por peça. A viabilidade dessa solução é corroída pelas atividades de colonização, as demolições, os confiscos e os deslocamentos forçados, todos ilegais face ao direito internacional, em particular a quarta Convenção de Genebra", lamentou Jean Asselborn num correio eletrónico dirigido ao chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, ao qual a agência France-Presse teve acesso.

A solução de dois Estados -- o de Israel e a criação de um Estado da Palestina, que viveriam lado a lado - é aceite por grande parte da comunidade internacional como uma hipótese de solução para o conflito israelo-palestiniano.

"Um modo de ajudar a salvar esta solução seria criar uma situação mais equitativa para os dois lados. Neste sentido, penso que é tempo de iniciar um debate no seio da União Europeia (UE) sobre a conveniência de um reconhecimento do Estado da Palestina por todos os seus Estados membros", defende.

Asselborn fez chegar hoje uma cópia daquela carta a cada um dos seus homólogos da UE durante uma reunião em Bruxelas e pediu a Josep Borrell para organizar o debate "no quadro de uma próxima reunião do Conselho de Negócios Estrangeiros da União Europeia".

"O reconhecimento da Palestina enquanto Estado não seria nem um favor, nem um cheque em branco, mas um simples reconhecimento do direito do povo palestiniano ao seu próprio Estado", assinala.

"Não seria em qualquer caso dirigido contra Israel. De facto, se queremos contribuir para resolver o conflito entre Israel e a Palestina nunca devemos perder de vista as condições de segurança de Israel, bem como a justiça e a dignidade do povo palestiniano", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros luxemburguês.

A criação de dois Estados -- um judeu e um árabe - na região da Palestina foi aprovada pelas Nações Unidas em 1947. Em maio do ano seguinte, Israel declara a sua independência e um dia depois é invadido por cinco exércitos árabes, que não aceitam o novo país.

Os palestinianos designam de Nakba (catástrofe), o período posterior ao da criação do Estado hebraico, quando cerca de 700.000 mil fugiram ou foram expulsos das suas casas devido à guerra israelo-árabe, até março de 1949.

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