Shinzo Abe promove visita do líder do Irão em nova tentativa de mediação
O primeiro-ministro japonês Shinzo Abe disse hoje que o seu país está a organizar uma visita do Presidente iraniano Hassan Rohani por pretender desempenhar um papel mais ativo na resolução do impasse nuclear entre Teerão e Washington.
© Reuters
Mundo Japão
O Japão, um aliado dos Estados Unidos, mantém tradicionais relações de amizade com o Irão e pretende desempenhar uma função de mediador entre os dois países que atravessam um período de grande tensão, uma função que também deverá ser desempenhada pela comunidade internacional, considerou Abe.
O Japão também está empenhado em contribuir para a diminuição da tensão no Médio Oriente, a fonte de mais de 80% do petróleo que importa e consome.
O chefe do Governo nipónico não forneceu detalhes da visita. Os 'media' locais referiram que está a ser programada para o final de dezembro, antes ou após a planeada visita de Rohani à Malásia, onde vai participar na conferência de líderes islâmicos.
As tensões têm-se agravado entre Teerão e Washington após o Presidente dos EUA Donald Trump ter decidido retirar-se, em 2018, do acordo nuclear assinado entre o Irão e as potências mundiais três anos antes.
Abe, que tem reforçado os laços de amizade com Trump, viajou para o Irão em junho numa iniciativa sem sucesso e que pretendia encorajar o Irão e os Estados Unidos a promoverem conversações para reduzir as tensões.
As sanções impostas por Washington a Teerão e que impedem o país de exportar petróleo, provocou um impacto muito negativo na sua economia.
Em resposta, o Irão optou por reduzir gradualmente os seus compromissos incluídos no acordo nuclear.
"O Japão fará os possíveis para aliviar a tensão na região e estabilizar a situação através de esforços persistentes para garantir um diálogo", disse Abe, que acrescentou: "Numa perspetiva de segurança energética, é natural que o Japão contribua para a paz e estabilidade no Médio Oriente, enquanto garante uma navegação segura para os navios japoneses".
O Governo de Abe também pretende aprovar um controverso plano sobre o envio de forças militares para o Médio Oriente com o objetivo de garantir a segurança dos navios japoneses que transportam o petróleo dessa região.
De acordo com responsáveis oficiais citados pela agência noticiosa Associated Press (AP), a força militar nipónica não será integrada na coligação liderada pelos Estados Unidos, justificada pela necessidade de "proteger" as rotas marítimas do Médio Oriente.
O envio de vasos de guerra para regiões de tensão militar é um tema particularmente sensível no Japão, onde a Constituição pós-Segunda Guerra Mundial limita de forma estrita a utilização da força.
No entanto, e nos últimos anos, Abe tem gradualmente reforçado o poderio e a vocação militar do arquipélago.
Em junho, um petroleiro japonês foi atacado no Golfo de Omã e Washington acusou Teerão de responsabilidade pelo incidente.
Na ocasião, Washington exortou o Japão a juntar-se à iniciativa militar liderada pelos Estados Unidos.
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