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Irão disposto a trocar prisioneiros dos EUA mas não há negociações

O Irão está pronto para voltar a trocar prisioneiros com os Estados Unidos, disse hoje uma fonte do governo iraniano apesar de acrescentar que os dois países não têm programadas novas negociações.

Irão disposto a trocar prisioneiros dos EUA mas não há negociações
Notícias ao Minuto

13:56 - 09/12/19 por Lusa

Mundo Irão

Os comentários do porta-voz do Executivo do Irão, Ali Rabiei, são as primeiras declarações após a libertação do um professor norte-americano, de origem chinesa, da Universidade Princeton, e que esteve preso durante três anos sob a acusação de espionagem.

O académico, Xiyue Wang, foi libertado pelos iranianos, tendo o cientista iraniano Massoud Soleimani ter sido libertado, em troca, pelos Estados Unidos.

Soleimani encontrava-se a aguardar julgamento no Estado norte-americano da Geórgia, sob a acusação de violação das sanções por ter tentado introduzir no Irão "material biológico".

"Estamos preparados para cooperar para recuperar todos os iranianos que se encontrem injustamente presos nos Estados Unidos", disse Rabiei aos jornalistas hoje em Teerão.

Mesmo assim, acrescentou que não há negociações programadas no quadro do Grupo 5+1, que reúne os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas e a Alemanha.

O Irão estabelece como condição o levantamento das sanções impostas pelos Estados Unidos.

A troca de prisioneiros, no sábado, foi resultado de negociações indiretas que decorreram na Suíça, país que representa os interesses norte-americanos em Teerão, porque os Estados Unidos e o Irão não têm relações diplomáticas desde 1979.

Mesmo assim, a troca de prisioneiros fez aumentar as esperanças em ações semelhantes e está a ser encarada como um gesto diplomático sem precedentes entre Teerão e Washington, após vários meses de tensões.

Além do académico libertado, vários cidadãos ocidentais, nomeadamente norte-americanos, encontram-se presos no Irão e a sua ituação pode vir a ser negociada no futuro.

Entre os prisioneiros contam-se o veterano da Marinha de Guerra dos Estados Unidos, Michael White condenado a 10 anos de prisão por espionagem e o ambientalista norte-americano de origem iraniana, Morad Tahbaz também sentenciado a 10 anos depois de ter sido acusado como sendo espião do Ocidente.

O antigo agente do FBI, Robert Levinson, está dado como desaparecido no Irão desde 2007.

Teerão garante que Levinson não se encontra no país mas a família do ex-agente do FBI insiste que tem informações sobre a responsabilidade dos iranianos no desaparecimento.

As sanções que impedem a venda de crude iraniano, impostas pelos Estados Unidos, continuam em vigor tendo o presidente norte-americano, Donald Trump, decidido que os Estados Unidos abandonassem o tratado internacional sobre o programa nuclear, em 2018.

No mês de novembro, protestos no Irão, em parte provocados pelas sanções, foram violentamente reprimidos pelas autoridades.

De acordo com a Amnistia Internacional mais de 200 pessoas foram mortas pela polícia, apesar de o governo da República Islâmica não ter fornecido um balanço oficial de vítimas.

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