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Mais de 110 crianças mortas este ano no conflito do Iémen

Mais de 110 crianças iemenitas foram mortas entre janeiro e outubro na cidade portuária de Hodeida e numa província do sudoeste do Iémen, divulgou hoje a organização internacional de defesa dos direitos da criança Save the Children.

Mais de 110 crianças mortas este ano no conflito do Iémen
Notícias ao Minuto

13:23 - 09/12/19 por Lusa

Mundo Iémen

A Save the Children publicou, num relatório, que 56 crianças foram mortas e 170 feridas como resultado direto dos combates em Hodeida, apesar de um cessar-fogo entre o Governo Iémen (reconhecido pela comunidade internacional) e os rebeldes Huthis que foi intermediado pela ONU em dezembro, na Suécia.

"O Acordo de Estocolmo trouxe um vislumbre de esperança aos civis da região, mas a luta está longe de terminar", declarou Mariam Aldogani, responsável de campo para Hodeida desta organização não governamental de defesa dos direitos da criança no mundo.

A cidade serve como passagem principal para ajuda humanitária e é um abrigo em relação às áreas controladas pelos Huthis.

A instituição disse que foi forçada a fechar alguns dos seus centros infantis em Hodeida por três meses este ano por razões de segurança, devido aos bombardeamentos pelas partes envolvidas no conflito.

O acordo mediado pela ONU, que também incluiu uma troca de prisioneiros, impediu um enorme sofrimento humanitário no Iémen, mas ainda não foi totalmente implementado.

Outras 57 crianças foram mortas na província de Taiz nos primeiros dez meses deste ano, mais do dobro do número em relação à 2018, quando 28 crianças foram mortas, informou a instituição. Os combates também feriram 49 crianças em Taiz.

"Todos os dias recebemos crianças feridas em hospitais apoiados pela Save the Children que precisam de nossos cuidados. Em 2019, a nossa equipa prestou atendimento médico a mais de 500 crianças que foram apanhadas neste conflito, algumas com ferimentos graves", disse Aldogani.

A responsável da organização de caridade disse que a Save the Children tratou, simultaneamente, seis crianças feridas de duas famílias, algumas das quais com pernas partidas e ferimentos por estilhaços.

"Não consigo esquecer a criança mais nova, com apenas três anos, com queimaduras nas suas mãos, disse, acrescentando que é preciso "parar esta guerra contra as crianças".

O conflito no Iémen começou com a tomada da capital em 2014 pelos rebeldes Huthis, apoiados pelo Irão, que controlam grande parte do norte do país.

Uma coligação liderada pela Arábia Saudita, aliada ao Governo reconhecido internacionalmente, luta contra os Huthis desde março de 2015.

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