Meteorologia

  • 24 ABRIL 2024
Tempo
22º
MIN 12º MÁX 24º

Chefe do governo do Líbano pede ajuda financeira estrangeira

O primeiro-ministro libanês demissionário, Saad Hariri, apelou hoje a uma ajuda financeira junto de vários países árabes e ocidentais, num contexto de crise no Líbano, abalado por um movimento de contestação sem precedente.

Chefe do governo do Líbano pede ajuda financeira estrangeira
Notícias ao Minuto

18:05 - 06/12/19 por Lusa

Mundo Líbano

Desde 17 de outubro que o país é palco de manifestações populares exigindo a saída do conjunto da classe dirigente, considerada corrupta e incapaz de retirar o Líbano da precária situação económica e financeira em que se encontra.

A movimento de protesto e o impasse político agravaram a situação, com crescentes restrições bancárias, falta de liquidez e receios de uma desvalorização da moeda, indexada ao dólar desde 1997.

"No quadro dos seus esforços para remediar a falta de liquidez e satisfazer as necessidades fundamentais dos cidadãos em termos de importação, o primeiro-ministro enviou cartas aos chefes de Estado e primeiros-ministros de países irmãos e amigos", indicou o gabinete de Hariri num comunicado.

Os países em causa são a França, Arábia Saudita, Estados Unidos, Rússia, China, Egito e Turquia, segundo o texto.

Saad Hariri, encarregado de gerir os assuntos correntes após se ter demitido a 29 de outubro por pressão da rua, pediu uma ajuda sob a forma de "linhas de crédito para garantir a sustentabilidade da segurança alimentar e a importação de matérias-primas para a produção em diversos setores", adianta o comunicado.

O Líbano tem uma dívida de mais de 86 mil milhões de dólares (77,7 mil milhões de euros), que representa 150% do produto interno bruto (PIB), e, segundo o Banco Mundial, o crescimento económico deve recuar 0,2% este ano.

Em abril de 2018, a comunidade internacional comprometeu-se numa conferência em Paris a conceder empréstimos e doações de mais de 11 mil milhões de dólares (9,9 mil milhões de euros), em contrapartida de reformas.

Os montantes não têm sido desbloqueados por falta de progresso ao nível das reformas devido aos bloqueios políticos no Líbano.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório