Ativistas indígenas querem abandono de mercados de carbono
Ativistas pelo clima e organizações de indígenas exigiram hoje o abandono dos mercados de licenças de emissões carbónicas, considerando que é uma "solução ridícula" que não resulta.
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Mundo COP25
Num documento lançado hoje em paralelo com a 25.ª Conferência das Partes (COP25) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, que decorre em Madrid, mais de 140 organizações chamaram aos mercados de emissões "uma ameaça aos povos, à política e ao planeta", lançando uma petição para os rejeitar.
Um dos assuntos centrais em discussão na COP25 é a inclusão no Acordo de Paris para limitação do aquecimento global de um artigo estabelecendo um mercado de emissões, que os movimentos subscritores consideram que "não ajudará a aumentar a ambição nem a mitigar os efeitos do aquecimento global".
Um representante da Rede de Indígenas pelo Ambiente, Tom Goldtooth, disse aos jornalistas em conferência de imprensa que estabelecer os mercados "daria carta branca aos governos para continuar a contaminar".
"Não reduzem as emissões nem representam verdadeira ação contra as alterações climáticas", argumentou, porque permitem aos Estados e empresas "continuar a poluir desde que as emissões combinadas de todos os poluidores não ultrapassem um limite".
Os mercados de carbono são "um genocídio ambiental", alegou Casey Morinek Camp, da nação Ponka, dos Estados Unidos, exigindo que "os direitos das pessoas que vivem nas florestas estejam nas mãos dessas pessoas, não de empresas".
Representando o Movimento dos Povos Asiáticos sobre Dívida e Desenvolvimento, Paula Gioia salientou "a urgência e a obrigação que os países ricos têm de financiar os países pobres para que possam fazer a transição para sistemas energéticos justos e adaptar-se aos impactos do clima".
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