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MSF abandona zona afetada na RDCongo após ataques mortíferos

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) abandonou uma zona afetada pelo vírus do Ébola no nordeste da República Democrática do Congo (RDCongo), depois dos ataques que mataram quatro funcionários de organizações de saúde que combatiam o surto na região.

MSF abandona zona afetada na RDCongo após ataques mortíferos
Notícias ao Minuto

17:15 - 05/12/19 por Lusa

Mundo Ébola

o Ministério da Saúde [da RDCongo] que nos gere. Nós retirámos as nossas equipas de Biakato [província de Ituri] após a insegurança" recente, afirmaram fontes dos MSF citados pela agência espanhola Efe.

A decisão surge depois da morte de quatro membros de equipas de saúde que combatiam o surto, em 27 de novembro, durante dois ataques conduzidos por homens armados, que feriram ainda outros cinco.

Um dos ataques ocorreu num acampamento na cidade de Biakato e o outro num gabinete de coordenação de resposta ao Ébola, em Mangina, na província de Kivu-Norte.

Também em declarações à Efe, o coordenador-geral do Comité Nacional Multisetorial de Resposta ao Ébola, Jean-Jacques Muyembe, atribuiu os ataques aos rebeldes Mai Mai.

Na terça-feira, um grupo de indivíduos armados com catanas e paus tentou atacar o hospital de Biakato, onde os MSF operam um centro de tratamento do Ébola.

Muyembe lamentou a decisão da organização e admitiu que é difícil conduzir trabalhos devido à insegurança na região, tendo apelado ao Governo para encarar com seriedade o problema.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) comunicou, em 28 de novembro, a suspensão das suas operações em Biakato na sequência de ataques a centros de tratamento.

De acordo com a OMS, os ataques foram os piores sofridos este ano pelas suas unidades de saúde.

As autoridades congolesas estimam que, no espaço de um mês, a os ataques na região tenham provocado a morte de mais de 100 civis.

O controlo do vírus, transmitido através do contacto direto com sangue ou fluídos corporais contaminados, tem sido dificultado pela recusa de algumas comunidades em receber tratamento e pela insegurança verificada nas áreas afetadas.

Mais de cem grupos armados operam nas províncias de Ituri e Kivu-Norte, sendo que os profissionais de saúde na região se tornam alvos fáceis dos ataques.

O atual surto de Ébola, que abala a RDCongo desde agosto de 2018, já causou 2.206 mortes e infetou 3.313 pessoas, é o segundo pior desde que a doença foi conhecida, superado apenas pela epidemia que atingiu a África Ocidental entre 2014 e 2016 e que causou mais de 11.300 mortos.

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