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Pelo menos 14 mortos esta semana numa onda de assassinatos na RDCongo

Pelo menos 14 civis foram mortos desde segunda-feira em mais uma onda de assassinatos na região de Beni, no leste da República Democrática do Congo, revelaram hoje fontes da administração local e da sociedade civil.

Pelo menos 14 mortos esta semana numa onda de assassinatos na RDCongo
Notícias ao Minuto

16:49 - 05/12/19 por Lusa

Mundo RDCongo

Nem o exército congolês nem a Missão das Nações Unidas no Congo (Monusco) confirmaram o número.

O exército e as forças de manutenção da paz anunciaram e estão a desenvolver ações conjuntas na região de Beni contra grupos armados.

"Três pessoas foram mortas na noite passada em Oicha", 30 quilómetros ao norte de Beni, disse Donat Kibwana, administrador de Beni (Kivu Norte), à agência de notícias francesa AFP.

Este responsável político-administrativo atribuiu o ataque ao grupo armado ugandês ADF (Forças Democráticas Aliadas), tendo em conta o seu 'modus operandi'. "Não há dúvidas quanto a isso", afirmou.

"Os três civis mortos eram uma mulher e dois homens que estavam em casa. Foram brutalmente mortos", adiantou.

Além disso, 11 corpos foram encontrados e enterrados na quarta-feira em Orotototo, perto da fronteira com o Uganda, segundo David Mowaze, presidente da sociedade civil do condado de Watalinga.

"Nove mulheres e dois homens foram massacrados em Orotototo, na noite de segunda-feira para terça-feira, 3 de dezembro", detalhou no Twitter o movimento cidadão Luta pela Mudança (Lucha).

A estação de rádio da ONU, Okapi, relatou um número final de 18 mortos no último ataque.

No total, mais de 100 civis foram mortos desde 05 de novembro em ataques atribuídos ao grupo ADF.

Segundo peritos, estes massacres visam os civis como retaliação perante as operações militares anunciadas em 30 de outubro pelo exército congolês contra as bases das FDA.

Na segunda-feira, o exército congolês anunciou que "neutralizou" 80 combatentes das ADF, incluindo quatro dos seis principais líderes "terroristas".

"Os dois generais restantes serão absolutamente neutralizados", disse o general Léon-Richard Kasonga, porta-voz do exército congolês, na altura.

A Monusco anunciou, desde segunda-feira, "ações conjuntas" das suas forças de manutenção de paz com o exército congolês contra grupos armados no Beni.

As ADF são formadas pelos rebeldes muçulmanos ugandeses que se retiraram, em 1995, para o leste do Congo.

Este grupo deixou há muito de realizar ataques na vizinha fronteira ugandesa e não reclamam nada. O grupo Estado Islâmico (EI) reclamou alguns dos seus ataques no início do ano, sem mais provas de uma filiação das ADF com o EI.

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