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Rei recebe 19 partidos antes de escolher candidato a primeiro-ministro

O Rei espanhol, Felipe VI recebeu hoje a presidente do parlamento espanhol, Meritxell Batet, que lhe comunicou a lista de partidos representados na nova assembleia, cujos líderes vão ser recebidos pelo soberano em data a anunciar.

Rei recebe 19 partidos antes de escolher candidato a primeiro-ministro
Notícias ao Minuto

15:49 - 04/12/19 por Lusa

Mundo Espanha

Felipe VI irá receber uma a um, normalmente do menos para o mais votado, os líderes dos 19 partidos representados, o maior número de sempre, antes de decidir sobre o candidato que vai tentar formar um novo Governo, quase de certeza o atual primeiro-ministro em exercício, Pedro Sánchez, secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), o mais votado.

O número de líderes políticos à espera que o Rei decida iniciar a ronda de consultas podia ter sido ainda maior, 22, se a ERC (independentistas catalão), a CUP (independentista catalão) e o EH Bildu (independentistas basco) não tivessem declinado deslocar-se ao palácio real de Zarzuela.

A deputada do PSOE Meritxell Batet foi reeleita presidente do Congresso dos Deputados (câmara baixa das Cortes Gerais ou parlamento), na terça-feira, durante a sessão inaugural da XIV legislatura da Constituição de 1978.

Na consulta eleitoral de 10 de novembro último, para o Congresso dos Deputados, o PSOE teve 28,0% dos votos (120 deputados), seguidos pelo PP (Partido Popular, direita) com 20,8% (89), o Vox (extrema-direita) com 15,1% (52), o Unidas Podemos (extrema-esquerda) com 12,8% (35), e o Cidadãos (direita liberal) com 6,8% (10), ERC com 3,6% (13), com os restantes votos divididos por outros partidos regionais.

A escolha de Pedro Sánchez como candidato a formar Governo também está dependente de negociações do PSOE com outras formações políticas para encontrar apoios parlamentares, principalmente os independentistas catalães.

PSOE e Unidas Podemos já têm um pré-acordo de Governo, mas precisam que a ERC (Esquerda Republicana da Catalunha) se abstenha na votação de investidura e permita a formação do novo executivo.

As negociações arrastam-se há várias semanas, não sendo ainda possível dizer que o novo executivo possa tomar posse antes do fim do ano, como os socialistas gostariam.

A ERC afirma que não tem pressas e faz depender a sua abstenção a uma série de exigências, entre elas a criação de uma "mesa de conversações" entre os Governos de Espanha e o da região autónoma, onde se possa falar também da questão da autodeterminação da Catalunha.

O PSOE já fez saber que não permitirá qualquer compromisso que ponha em causa a Constituição ou a unidade do país.

A abstenção da ERC, com 13 assentos parlamentares, é considerada essencial para que a investidura seja bem-sucedida numa segunda votação parlamentar, em que apenas seja necessário o apoio da maioria simples dos deputados ao novo executivo.

Se tudo se passar como é habitual, Felipe VI começará por receber o deputado do Foro Astúrias, Isidro Martínez Oblanca, o que teve menos votos entre os partidos ou formações que apenas têm um representante, e terminará com os maiores: Inés Arrimadas (Cidadãos), Santiago Abascal (Vox), Pablo Casado (PP) e Pedro Sánchez (PSOE).

De referir que Inês Arrimadas vai ao palácio real de Zarzuela pela primeira vez, visto que é a líder provisória do Cidadãos, depois de o ex-presidente do partido, Albert Rivera, ter abandonado o lugar e até, muito provavelmente, ser confirmada como sua sucessora.

Assim como em consultas anteriores, o rei irá receber separadamente e consoante o número de votos obtidos, os vários líderes partidários da coligação Unidas Podemos: Pablo Iglesias (Podemos), Alberto Garzón (Esquerda Unida, ex-PC espanhol), Jaume Asens (In Comú Podem) e Yolanda Díaz (Galicia In Common).

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