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Rohani pede libertação dos "inocentes" detidos na contestação no Irão

O presidente iraniano, Hassan Rohani, apelou hoje à libertação dos "inocentes" detidos no Irão por ligações ao movimento de contestação que abalou o país em novembro após o anúncio de um forte aumento do preço da gasolina.

Rohani pede libertação dos "inocentes" detidos na contestação no Irão
Notícias ao Minuto

12:23 - 04/12/19 por Lusa

Mundo Irão

"Entre todas as pessoas que foram detidas é claro que haverá inocentes e eles devem ser libertados", declarou Rohani num discurso transmitido pela televisão pública.

"Alguns (...) cometeram delitos e não crimes. (Por exemplo), alguém incendiou um pneu, não deve ficar na prisão por isso", afirmou.

Centenas de pessoas foram detidas por envolvimento na contestação desencadeada a 15 de novembro em várias cidades iranianas, algumas horas depois do anúncio surpresa de uma forte subida do preço da gasolina, num país em crise económica. Desconhece-se o número dos que continuam detidos.

O presidente do Irão defendeu que a aplicação rigorosa da lei deve ser aplicada apenas ao "caso dos criminosos", o que inclui "os que participaram nos incidentes de forma organizada".

Rohani anunciou que as "confissões" daqueles serão divulgadas na televisão e que o público poderá descobrir o que eles "preparavam há mais de dois anos", até que "os seus senhores no estrangeiro" lhes deram o sinal para agirem.

As autoridades indicaram ter reposto a calma no país após alguns dias de manifestações e violência, que qualificaram de "tumultos" apoiados e encorajados por "inimigos" do Irão, como os Estados Unidos, Israel ou Arábia Saudita.

Até ao momento, as autoridades confirmaram cinco mortes nos distúrbios -- quatro polícias mortos por "amotinadores" e um civil -, mas a organização de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional indicou que "pelo menos 208" pessoas terão sido mortos na repressão.

Teerão qualificou de "absolutas mentiras" os balanços dos distúrbios fornecidos por "grupos hostis".

Citado no sábado pela agência oficial Irna, Jamal Orf, vice-ministro do Interior, indicou que o Estado conta divulgar, em data não precisada, o seu balanço dos "tumultos", com base nos dados do instituto médico-legal nacional.

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