NATO espera resolver controvérsia com a Turquia sobre o Báltico
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse hoje confiar numa solução sobre a polémica provocada pela Turquia, que faz depender o apoio estratégico de defesa aos países bálticos do reconhecimento dos curdos como "terroristas".
© Reuters
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"Tenho confiança de que vamos encontrar uma solução sobre o assunto relacionado com a atualização dos planos de defesa", disse Stoltenberg aos jornalistas antes do início dos trabalhos da Cimeira da NATO que decorrem hoje em Watford, noroeste de Londres.
Stoltenberg disse que abordou a questão na terça-feira à noite com o presidente turco, Recept Tayyip Erdogan, e que "está a trabalhar o assunto" neste momento.
Ergodan disse que se opõe aos planos da Aliança Atlântica para a defesa dos países bálticos: Lituânia, Letónia, Estónia e Polónia, face a uma possível ameaça por parte da Rússia.
Erdogan faz depender o apoio à nova estratégia aliada no apoio dos países da NATO na "luta da Turquia contra o terrorismo", referindo-se diretamente às forças curdas no norte da Síria.
"Temos planos para defender juntos todos os aliados, incluindo os bálticos e a Polónia. Não temos apenas planos, mas também forças", disse Stoltenberg aos jornalistas reforçando as novas medidas que considera estratégicas para o báltico.
O secretário-geral da NATO disse que pela primeira vez a organização tem tropas "preparadas para o combate" no Leste da Europa.
O presidente turco questionou as estratégias elaboradas pela Aliança Atlântica e socorreu-se de documentos sobre eventuais ataques a estados membros, o que pode fazer acionar o artigo 5 do Tratado de Washington da organização que assinala 70 anos, em 2019.
Stoltenberg explicou também que a cimeira vai abordar hoje a luta contra o terrorismo, o controlo de armamento, a relação com a Rússia e, pela primeira vez na história da NATO, a pujança da República Popular da China.
"A China é o segundo país que gasta mais em Defesa do mundo, a par dos Estados Unidos. Recentemente mostrou capacidades modernas, incluindo armamento nuclear", concluiu Stoltenberg.
Líderes de 30 países, incluindo o primeiro-ministro, António Costa, participam numa cimeira da NATO em Londres, coincidindo com o 70.º aniversário da aliança militar que protege cerca de mil milhões de pessoas.
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