Tribunal decide contra Trump e bancos poderão entregar dados sobre contas
Se a decisão não for revertida pelo Supremo Tribunal, dois bancos terão que entregar o histórico financeiro de Donald Trump.
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Mundo Donald Trump
Um tribunal federal norte-americano ordenou dois bancos a entregar dados sobre as contas bancárias de Donald Trump. Isto significa que o presidente republicano irá perder o segredo sobre os seus negócios no Deutsche Bank e o Capital One se a decisão não for revertida pelo Supremo Tribunal, segundo escreve a Bloomberg.
Recorde-se que os dois bancos receberam intimações da Procuradoria-geral de Nova Iorque para revelarem dados sobre o histórico financeiro de Trump, mas o governante e a sua família instauraram ações judiciais contra as instituições bancárias para impedir que isso acontecesse.
Um painel de três juízes rejeitou, esta terça-feira, os argumentos de Donald Trump e do Departamento de Justiça norte-americano - de que os comités de Inteligência e Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes não tinham razão legítima para exigir essa informação.
Trump e a família têm recusado com veemência a entrega de dados financeiros ao Congresso, que permitiriam aos legisladores uma investigação mais aprofundada a possíveis conflitos de interesse no ramo executivo do governo e até a possíveis violações da Constituição norte-americana.
Ambos os bancos fizeram avultados empréstimos ao presidente e aos seus filhos mais velhos. O Deutsche Bank emprestou ou participou em créditos a Trump e às suas empresas num total de mais de 2,5 mil milhões de dólares (cerca de 2.180 milhões de euros) desde 1998, fazendo desta instituição o principal credor do presidente norte-americano.
Em comunicado, o banco alemão havia declarado que cumprirá todas as intimações e ordens judiciais.
Recorde-se que o 45.º presidente norte-americano, de 73 anos, está sob investigação do Congresso num inquérito para a sua destituição ('impeachment'), acusado de abuso de poder no exercício do cargo, uma investigação que o próprio qualificou como uma "caça às bruxas".
As audições públicas do inquérito arrancaram em 13 de novembro. Se as conclusões forem aprovadas por maioria simples na Câmara dos Representantes, o processo segue para o Senado, sendo necessária uma maioria de dois terços para a destituição do presidente.
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