Batet reeleita presidente da câmara baixa do parlamento espanhol
A deputada do PSOE Meritxell Batet foi hoje em Madrid reeleita presidente do Congresso dos Deputados, a câmara baixa das Cortes Gerais (parlamento) de Espanha, durante a sessão inaugural da XIV legislatura da Constituição de 1978.
© Reuters
Mundo Espanha
Batet obteve 166 votos, enquanto a candidata do Partido Popular (direita), Ana Pastor, recolheu apenas 140, na segunda votação dos 350 deputados do congresso, quando já apenas era necessário apenas a maioria relativa, depois de nenhuma das candidatas ter tido a maioria absoluta na primeira votação.
A nova presidente mantém-se no lugar que já ocupava como terceira autoridade do Estado espanhol, sendo a décima segunda presidente do Congresso dos Deputados desde a instauração da democracia há 41 anos.
Entretanto no Senado (câmara alta das Cortes Gerais) foi eleita como presidente a senadora Pilar Llop, também do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), e também em segunda volta, com 130 votos a favor, depois de na primeira votação ter ficado a um voto dos 133 da maioria absoluta.
Nesta última votação houve 16 votos nulos, entre os quais se encontravam 13 da ERC (independentistas catalães) e dois do EH-Bildu (independentistas bascos) que nos boletins de voto pediram a "liberdade" dos políticos catalães condenados por terem organizado a tentativa de autodeterminação daquela região espanhola em 2017.
Na consulta eleitoral de 10 de novembro último, para o Congresso dos Deputados, o PSOE teve 28,0% dos votos (120 deputados), seguidos pelo PP com 20,8% (89), o Vox (extrema-direita) com 15,1% (52), o Unidas Podemos com 12,8% (35), e o Cidadãos (direita liberal) com 6,8% (10), ERC com 3,6% (13), com os restantes votos divididos por outros partidos regionais.
Essas eleições foram uma repetição das anteriores realizadas em 28 de abril último, sem que o PSOE tenha conseguido formar Governo até setembro, depois de Pedro Sánchez ter falhado em julho uma primeira oportunidade para ser investido.
As novas Cortes tiveram a sua reunião constitutiva numa altura em que o primeiro-ministro socialista, Pedro Sánchez, continua a negociar com os independentistas catalães um acordo que lhe permita formar um Governo de esquerda.
PSOE e Unidas Podemos já têm um pré-acordo de Governo, mas precisam que a ERC (Esquerda Republicana da Catalunha) se abstenha na votação de investidura e permita a formação do novo executivo.
As negociações arrastam-se há várias semanas, não sendo ainda possível confirmar que o novo executivo possa tomar posse antes do fim do ano, como os socialistas gostariam.
A ERC afirma que não tem pressas e faz depender a sua abstenção a uma série de exigências, entre elas a criação de uma "mesa de conversações" entre os Governos de Espanha e da região autónoma em que se possa falar também da questão da autodeterminação da Catalunha.
O PSOE já fez saber que não permitirá qualquer compromisso que ponha em causa a Constituição ou a unidade do país.
A abstenção da ERC, com 13 assentos parlamentares, é considerada essencial para que a investidura seja bem-sucedida numa segunda votação parlamentar, em que apenas seja necessário o apoio da maioria simples dos deputados ao novo executivo.
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