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Pelo menos 55 mortos em surto de sarampo no arquipélago da Samoa

Uma epidemia de sarampo já matou 55 pessoas no arquipélago da Samoa e a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou hoje sobre o declínio nos esforços globais para erradicar a doença.

Pelo menos 55 mortos em surto de sarampo no arquipélago da Samoa
Notícias ao Minuto

10:49 - 03/12/19 por Lusa

Mundo Sarampo

Entre os mortos no arquipélago do Pacífico Sul, 50 são crianças com menos de quatro anos, disseram hoje as autoridades locais.

Outras 18 pessoas estão internadas em estado crítico e a crise não parece estar a diminuir, visto que 153 novos casos foram registados nas últimas 24 horas, elevando o número de infetados para 3.881 numa população total de 200.000.

As medidas de emergência incluíram uma campanha geral de imunização obrigatória e o encerramento de escolas.

Mas isso não foi suficiente para conter a epidemia num país particularmente vulnerável, dada a baixa taxa de vacinação (31%).

Jose Hagan, diretor regional da OMS para a região, disse que o caso de Samoa lembra os perigos associados ao que é "provavelmente a doença mais contagiosa que conhecemos".

"Infelizmente, a taxa de mortalidade por sarampo é muito maior do que as pessoas acreditam", disse Hagan à Rádio Nova Zelândia.

"É uma doença grave e já não estamos acostumados a vê-la, por isso a sua mortalidade é uma fonte de surpresa", acrescentou.

Hagen lembrou que cerca de 21 milhões de vidas foram salvas nos últimos 20 anos através do acesso à vacina contra o sarampo.

"Entretanto, estamos a começar a ver um declínio e há surtos em todo o mundo que estão a espalhar o vírus através de viagens internacionais", afirmou.

O número de casos está a aumentar na Europa, nomeadamente na Grã-Bretanha, Grécia, Albânia e República Tcheca.

A doença caracterizada pela erupção de manchas vermelhas na pele é causada por um vírus que é transmitido com muita facilidade por contacto direto ou no ar. Antes do surgimento das vacinas, na década de 1970, a doença matava de sete a oito milhões de crianças por ano no mundo.

Após um declínio dramático entre 2000 e 2016, graças às principais campanhas de vacinação, o sarampo agora está a ressurgir fortemente no mundo, devido, em particular, à desconfiança em relação às vacinas.

Essa desconfiança sobre a vacina combinada sarampo-caxumba-rubéola (MMR) foi provocada por um estudo de 1998 que vinculou a vacina ao autismo.

No entanto, foi rapidamente estabelecido que o autor falsificou os seus resultados e vários estudos mostraram que a vacina não aumenta o risco de autismo, afirmou a OMS em várias ocasiões.

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