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Alterações climáticas: "Espanha está pronta para dar um passo à frente"

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, afirmou que "há que ir mais longe e fazer as coisas mais rápido" em matéria de emissões poluentes, já que ou há um "ponto de inflexão" ou se entra em "ponto de não retorno".

Alterações climáticas: "Espanha está pronta para dar um passo à frente"
Notícias ao Minuto

12:31 - 02/12/19 por Lusa

Mundo Pedro Sánchez

Sánchez falava na cerimónia de abertura da cimeira da ONU sobre o clima em Madrid, COP25, que se realiza até 13 de dezembro e à qual assistem representantes de quase 200 países.

O líder espanhol afirmou que "Espanha está pronta para dar um passo à frente" e vai aumentar "a taxa de redução de emissões" definida até 2030, tendo os olhos postos na cimeira de Glasgow, a sede da próxima Cimeira do Clima.

"Devemos chegar à cimeira de Glasgow 2020 com contribuições nacionais muito mais ambiciosas" e com estratégias de descarbonização a longo prazo "ordenadas, justas e eficientes", afirmou.

Pedro Sánches manifestou a esperança de que a cimeira "marque um antes e um depois" e que faça de Madrid a "capital mundial na luta contra a emergência climática" e o multilateralismo, que na sua opinião terá de ser reforçado.

Para o primeiro-ministro espanhol, o progresso, se não for sustentável, não pode ser chamado de progresso considerando que cabe ao Homem "reparar o dano causado": "Temos os meios e a técnica para torná-lo possível".

Sanchez enfatizou que hoje "apenas alguns negam as evidências" das mudanças climáticas e que, neste momento, "não há alternativa senão agir com factos, com ações".

A batalha contra a emergência climática, defendeu, exige coragem e determinação, solidariedade e liderança e, acima de tudo, passar das palavras para a ação.

O chefe do Governo espanhol alertou que, neste momento, "o acordo de Paris" de 2015 sobre o clima está em risco, quando o que deve ser feito é "ir além e fazer as coisas mais rapidamente.

"Este é um desafio que afeta todos nós, já que não há muro alto o suficiente para proteger qualquer país dessa ameaça, por mais poderosa que seja, e o momento da resposta é agora", alertou Sanchez.

O líder espanhol garantiu que a Espanha acelerará a redução da sua taxa de emissões até 2030 com a premissa de "não deixar ninguém para trás" para alcançar um "pacto alinhado aos objetivos estabelecidos pela União Europeia".

Para Pedro Sánchez, essa transição, "além de urgente, deve ser justa" e deve ser garantido que não haja "perdedores" ", porque a derrota de alguns é a derrota de outros".

Durante seu discurso, o presidente espanhol felicitou o Chile em várias ocasiões pela organização desta cimeira que deveria ter sido realizada no país da América do Sul.

"Esta COP é a COP do Chile ... O sucesso desta reunião será acima de tudo e acima de tudo o sucesso do Chile", disse.

A cimeira sobre o clima estava inicialmente prevista para se realizar no Chile, mas no final de outubro o Governo chileno decidiu cancelar o evento alegando não haver condições devido a um movimento de contestação interna e de agitação civil.

O Governo espanhol avançou com a proposta de organizar a grande conferência anual sobre Alterações Climáticas e conseguiu ter tudo pronto para a sua inauguração, em Madrid, apesar de a presidência da reunião continuar a pertencer ao Chile.

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