Ayatollah Sistani pede ao parlamento para retirar confiança ao governo
O influente grande ayatollah Ali Sistani apelou hoje ao parlamento do Iraque para que retire a confiança ao governo, após um dos dias mais violentos em dois meses de contestação, em que já morreram perto de 400 pessoas.
© Reuters
Mundo Iraque
"O parlamento do qual o atual governo emergiu é chamado a reconsiderar a escolha que fez e a agir no interesse do Iraque, para preservar o sangue dos seus filhos e impedir que o país caia na violência, caos e destruição", indica o sermão de Sistani, figura tutelar da política iraquiana, lido hoje em Karbala por um dos seus representantes, Ahmed al-Safi.
Na quinta-feira, 40 pessoas foram mortas pelas forças de segurança na capital iraquiana, Bagdad, e nas cidades de Najaf e Nasiriya, no sul do país.
Dirigindo-se aos contestatários, o grande ayatollah Sistani pediu que distingam entre os manifestantes pacíficos e os que têm más intenções de se aproveitar dos protestos.
Desde 01 de outubro que dezenas de milhares de manifestantes tomaram as ruas, indignados com o que consideram ser a corrupção generalizada, a falta de oportunidades de emprego e os fracos serviços básicos, apesar da riqueza em petróleo do país.
As manifestações de protesto têm ocorrido sobretudo nas praças Tahrir e Khilani, na capital iraquiana, e nas províncias predominantemente xiitas do sul, contando com uma dura repressão das forças de segurança iraquianas.
Além dos perto de 400 mortos, fontes médicas e de segurança, dão conta de cerca de 15.000 feridos, na sua maioria manifestantes.
Este é primeiro movimento social espontâneo em décadas no Iraque.
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