Partido dissolvido do ex-Presidente do Sudão denuncia "governo ilegal"
O partido do presidente destituído do Sudão Omar al-Bashir acusou hoje as autoridades de transição no país, que classificou de "governo ilegal", de o terem dissolvido e quererem confiscar os seus bens para resolver a crise económica.
© Reuters
Mundo Sudão
"A ideia de contar com os bens do partido, se é que existem, não é mais do que um escândalo moral, uma falência intelectual e um fracasso total de um governo ilegal", publicou o Partido do Congresso Nacional (NCP) na sua página do Facebook.
Na quinta-feira, o novo conselho soberano no poder e o Governo do primeiro-ministro Abdalla Hamdok dissolveram o NCP e confiscaram todos os seus bens, proclamando uma lei intitulada "desmantelamento do regime de 30 de junho de 1989".
No texto detalhou-se que "nenhum símbolo do regime ou do partido está autorizado na atividade política durante 10 anos".
Omar al-Bashir, que chegou ao poder em 1989, graças a um golpe de Estado apoiado pelos islamitas, dirigiu o Sudão com mão de ferro durante 30 anos.
Destituído pelos militares em 11 de abril depois de meses de contestação popular inédita, está detido em Cartum.
O veredicto do seu julgamento por corrupção está marado para 04 de dezembro.
A dissolução do seu partido não é um ato de vingança, afirmou Hamdok, na rede social Twitter, na quinta-feira.
Pelo contrário, adiantou, esta medida "visa preservar a dignidade do povo sudanês, que foi esmagado por pessoas indignas", acrescentou o primeiro-ministro.
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