"Sem esperança e sem dinheiro". Quando única hipótese é arrendar cubículo

Kim Jae-hoon tem 25 anos, mora num destes espaços, e questiona-se quando terá possibilidade de comprar uma casa.

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Filipa Matias Pereira
29/11/2019 07:32 ‧ 29/11/2019 por Filipa Matias Pereira

Mundo

Coreia do Sul

Chama-se Kim Jae-hoon, tem 25 anos e mora num cubículo de 6,6 metros quadrados nas imediações de um campus universitário em Seul. Pelo espaço onde vive, que tem cozinha partilhada, o jovem paga 350 mil won (cerca de 270 euros mensais). 

"Sem esperança e sem dinheiro", é assim que o Japan Times começa por retratar esta geração de jovens que vê nestes cubículos a (única) possibilidade de ter casa, na Coreia do Sul. Os coreanos apelidam de 'goshi-won' estes espaços que, anteriormente, eram usados temporariamente por jovens que se queriam isolar para se prepararem para a época de exames.

Uma breve pesquisa nos motores de busca permite perceber que a oferta de 'goshi-won' é vasta e há um denominador comum: todos estes espaços são exíguos. E se dantes eram usados temporariamente, hoje em dia são vistos como a residência possível para muitos jovens. Os 'goshi-won' acabaram por se tornarem casas permanentes dos jovens oriundos de famílias com fracos recursos económicos. "Se me esforçar o suficiente e conseguir um bom emprego, será que conseguirei comprar uma casa?", questionou o jovem, retoricamente, em entrevista ao meio de comunicação japonês.

Estes espaços habitacionais são apelidados de 'dirt spoons' (colher de barro, em português), em contraposição aos 'gold spoons' (colheres de ouro), que são conhecidos como os locais onde vivem famílias com rendimentos mais altos.

Esta realidade tem potenciado críticas ao presidente Moon Jae-in, que chegou ao poder em 2017 a reivindicar justiça social e económica. Porém, a disparidade salarial aumentou desde a sua tomada de posse e os coreanos que têm melhores ordenados ganham 5,5 vezes mais dos que têm menores rendimentos.

Percorra a galeria e veja as imagens do cubículo captadas pela objetiva da Reuters. 

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