Migrantes escondidos na mala de carro morrem em acidente na Eslovénia
Dois migrantes sírios que estavam escondidos no porta-bagagens de um carro morreram hoje na sequência de um acidente numa autoestrada na Eslovénia, país que tem registado este ano um significativo crescimento das entradas de migrantes irregulares.
© iStock
Mundo Eslovénia
Segundo a polícia local, o carro envolvido no acidente transportava um total de oito migrantes, dos quais três viajavam escondidos na bagageira do veículo.
O terceiro migrante que viajava na bagageira ficou gravemente ferido, indicou um porta-voz da polícia eslovena, Primoz Kadunc, precisando que o acidente aconteceu após o condutor ter perdido o controlo do veículo por razões ainda desconhecidas.
O acidente ocorreu esta madrugada numa autoestrada que liga a capital da Eslovénia (Ljubljana) e Itália.
A Eslovénia, país que faz fronteira com a Áustria, Hungria, Itália e Croácia, está na trajetória de muitos migrantes que chegam ao sudeste da Europa e que tentam chegar aos países do norte e do oeste do continente.
Até outubro passado, mais de 14 mil migrantes irregulares que entraram via Croácia foram intercetados no território esloveno.
Este número representa uma subida de 72% em comparação com o período homólogo de 2018, de acordo com a polícia eslovena.
O condutor do carro, um cidadão bósnio de 42 anos, foi identificado e colocado em prisão preventiva.
O veículo entrou no território esloveno via Croácia.
Há cerca de um mês, a polícia eslovena divulgou o caso de um homem de 20 anos, também de nacionalidade síria, que tinha aparentemente morrido de hipotermia e de exaustão após ter ficado perdido nas florestas daquele país.
A questão das migrações tem suscitado tensões políticas na Eslovénia, com o país a testemunhar o surgimento, nos últimos meses, de grupos locais que se apresentam como "milícias anti-migrantes" e que organizam patrulhas nas fronteiras.
O Governo esloveno centrista, que condena estas iniciativas, propôs esta semana uma alteração legislativa que prevê multas de até 2.000 euros contra civis que executam ações de cariz paramilitar.
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