Síria: Parlamento Europeu pede o repatriamento de crianças de jihadistas
O Parlamento Europeu (PE) pediu hoje aos Estados-membros o repatriamento de todas as crianças europeias de combatentes 'jihadistas' atualmente privadas de liberdade na Síria.
© Reuters
Mundo Bruxelas
Reunidos em Estrasburgo, os eurodeputados aprovaram por 495 votos a favor, 58 contra e 87 abstenções um longo texto sobre os direitos das crianças por ocasião do 30.º aniversário da Convenção da ONU relativa aos direitos da criança, que inclui o combate à exploração, ao casamento forçado e aos abusos sexuais.
Ao deplorar "a inação dos Estados-membros e a ausência de coordenação", o Parlamento "declara-se profundamente preocupado pela situação humanitária dos filhos de combatentes estrangeiros detidos no nordeste da Síria", indica a resolução aprovada e sem vínculo legislativo.
Nesta perspetiva, o PE "apela com insistência aos Estados-membros de repatriarem todas as crianças europeias, atendendo à sua situação familiar e ao interesse superior da criança em primeiro lugar, e de fornecerem o apoio necessário à sua reabilitação e reintegração".
"Quando se multiplicam os apelos quer de meios securitários quer humanitários para o repatriamento destas crianças e suas famílias, os Estados europeus permanecem silenciosos e vão até ao ponto de bloquear as operações de repatriamento organizadas pelas ONG [organizações não-governamentais]", denunciou a eurodeputada ecologista belga Saskia Bricmont, ao sublinhar uma urgência "extrema" em repatriar os menores.
Em novembro, a Turquia iniciou o reenvio para o país de origem de 'jihadistas' estrangeiros e criticou os países ocidentais pela sua recusa em repatriar os seus cidadãos que se juntaram às fileiras do EI na Síria e Iraque.
A incómoda questão do regresso dos 'jihadistas' estrangeiros e de suas famílias retidos na Síria é adotada a nível nacional ou caso a caso, e não através de uma resposta europeia coordenada.
No início de novembro, Marie-Dominique Parent, uma responsável do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, calculou entre 700 e 750 o número de crianças nascidas de pais cidadãos da União Europeia e que permanecem em campos no nordeste da Síria.
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