PR são-tomense destaca importância histórica do Acordo de Argel
O presidente são-tomense, Evaristo Carvalho, defendeu hoje que a assinatura do Acordo de Argel, há 45 anos, constitui "um marco importante na história da nação", sublinhando que se tratam de "memórias históricas" que devem ser preservadas.
© Lusa
Mundo São Tomé e Príncipe
"O apelo vai no sentido de preservarmos as nossas memórias históricas, pois o dia 26 de novembro, em particular é um marco importante na história dessa nação, que se viu livre, a partir da assinatura deste acordo", disse o chefe de estado.
O parlamento são-tomense promoveu hoje uma cerimónia política para celebrar o 45.º aniversario da assinatura do Acordo de Argel que fixou os moldes da saída de Portugal e definiu o 12 de julho como data da independência do país.
"O passado histórico de um povo é a sua identidade cultural que o tempo não absorve", lembrou Evaristo Carvalho na cerimónia em que o embaixador de Portugal em São Tomé e Príncipe, Luís Gaspar da Silva entregou ao chefe de Estado são-tomense uma cópia deste acordo, carimbado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros português.
No ato em que tomaram parte o primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, representantes de outros órgãos de soberania, do corpo diplomático, da sociedade civil e das igrejas, o Presidente são-tomense lembrou que "o dia 26 de novembro de 1974 finalizava uma etapa preliminar da luta do povo e conquista de uma vitória da sua liberdade, uma luta de libertação nacional".
Fonte parlamentar disse à Lusa que a iniciativa de celebrar esta data insere-se numa parceria entre o parlamento e as Nações Unidas, com vista a implementar "valores e compromissos saídos da reunião de 17 de setembro que constitui o primeiro passo para implementar o processo de modernização de justiça e, simultaneamente, trabalhar para garantir a coesão social e estabilidade democrática a longo prazo".
"Volvidos 44 anos de soberania, o que mais desejamos é que o país continue a ser um modelo de alternância democrática na Africa Central", disse a representante do sistema da ONU na capital são-tomense, considerando "importante que esse processo continue até que o desenvolvimento económico deste país possa contribuir ainda melhor para o bem-estar das populações".
A parceria entre o parlamento e as Nações Unidas inclui a comemoração de "datas relevantes e identidade históricas de São Tomé e Príncipe" na qual se insere o dia 26 de novembro.
O 21 de dezembro que é uma tripla celebração, designadamente, a chegada dos navegadores portugueses a São Tomé, a veneração de Santo Tomé Poderoso e a entrada em funções do governo de transição.
O primeiro-ministro defendeu "o dever de memória, a necessidade de testemunhos, a afirmação do ideal de liberdade, a identidade nacional, o reforço da coesão social" como fatores que, "consensualmente, devem permitir a celebração desta efeméride".
O ex-Presidente da República, Miguel Trovoada que proferiu a palestra evocativa da data, referiu-se, durante cerca de duas horas, à trajetória que marcou a luta a luta de libertação do país até à independência.
Com a celebração hoje do 45.º aniversário do Acordo de Argel, o parlamento são-tomense e a ONU pretendem implementar, durante um mês, um conjunto de atividades, envolvendo todos os atores e instituições signatários da Ata da Modernização da Justiça rubricada a 19 de setembro.
Dezembro será, no quadro deste projeto, o 'mês da exaltação dos valores da são-tomensidade'.
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