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Acordos entre EUA, México e países sul-americanos ameaçam menores

Os recentes acordos alcançados por EUA, México e vários Estados da América do Sul para travar os fluxos migratórios colocam um grande número de menores em "grande risco", alertou hoje a UNICEF.

Acordos entre EUA, México e países sul-americanos ameaçam menores
Notícias ao Minuto

06:45 - 26/11/19 por Lusa

Mundo Migrações

Em comunicado, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF, na sigla em inglês) lamentou que "o acesso das crianças migrantes que se encontram no norte da América Central, México e EUA à segurança e proteção internacional reduziu-se de forma considerável, devido, em grande parte, à recente série de acordos e mudanças nas políticas adotadas pelos governos da região".

Segundo a UNICEF, a situação está a ter "profundas consequências para as crianças", porque muitos "não dispõem de opções seguras para escapar à violência e à extorsão, procurar proteção ou reunir-se com os seus familiares no estrangeiro".

Nas palavras da organização, "os novos acordos de cooperação que se assinaram em matéria de asilo significam essencialmente que as crianças deslocadas na região estão obrigadas a procurar proteção nos países do norte da América Central", mas muitas zonas desses países são "inseguras" devido à insegurança organizada e à violência.

Nos últimos meses, EUA, México e Estados como Honduras, El Salvador ou Guatemala assinaram convénios em matéria migratória para pôr fim aos movimentos populacionais para o norte.

Entre estes acordos estão os Protocolos de Proteção de Migrantes, programa também conhecido por "Permaneçam no México", que permite aos EUA devolver ao país vizinho os migrantes que pedem asilo, para que esperem no México o despacho dos seus casos pelas autoridades norte-americanas.

A UNICEF indicou que estes Protocolos provocaram o aumento do número de crianças migrantes retidas nas zonas fronteiriças do México, enquanto esperam pela resolução do seu caso nos EUA, o que pode levar meses.

Em muitas destas áreas, salientou a organização, os menores e as suas famílias "enfrentam a exploração, a violência e o abuso e carecem do acesso a serviços essenciais".

A UNICEF denunciou que "os efeitos combinados do protocolos de proteção de migrantes e dos novos acordos de cooperação em matéria de asilo estão a deixar as crianças em situação de grande risco".

A UNICEF recordou também que mais de 32 mil crianças foram devolvidas pelos EUA e pelo México a El Salvador, Guatemala e Honduras entre janeiro e agosto, o dobro dos 15.711 devolvidos no mesmo período do ano passado.

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