Agência Bloomberg irá acompanhar corrida à Casa Branca do seu patrão

A Bloomberg fará a cobertura noticiosa da candidatura à Casa Branca do seu patrão, Michael Bloomberg, mas suspenderá os seus editoriais não assinados, que refletem as opiniões do milionário norte-americano, anunciou hoje a agência de notícias.

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Lusa
24/11/2019 21:36 ‧ 24/11/2019 por Lusa

Mundo

Bloomberg

O milionário e antigo "mayor" de Nova Iorque Michael Bloomberg entrou hoje na corrida à Casa Branca, manifestando-se determinado em "vencer Donald Trump e reconstruir a América", tornando ainda mais cerrada a disputa dos candidatos democratas às presidenciais nos Estados Unidos.

"Iremos escrever sobre quase todos os aspetos destas presidenciais na mesma forma como o fizemos até agora", indicou o chefe de redação da Bloomberg, John Micklethwait, numa nota à redação divulgada pela agência.

"Nenhum outro candidato às presidenciais possuiu alguma vez um órgão de imprensa deste tamanho", acrescentou o jornalista, reconhecendo que "não será fácil para a redação" cobrir a corrida à investidura democrata de Michael Bloomberg.

"Descreveremos quem ganhar e quem perder. Examinaremos os programas políticos e as suas consequências, publicaremos sondagens, entrevistaremos candidatos e acompanharemos as suas campanhas, incluindo a de Mike", acrescentou. "Nos artigos que escrevermos sobre esta eleição diremos claramente que o nosso proprietário é candidato".

Os autores dos editoriais não assinados da agência vão fazer uma pausa e "juntar-se à equipa de campanha de Mike", precisou ainda o chefe de redação.

A agência continuará a abster-se de investigar Michael Bloomberg, a sua família e fundação e aplicará a mesma política aos outros candidatos democratas porque "não pode dar aos adversários democratas de Mike um tratamento diferente do seu", segundo a mesma fonte.

Não obstante, a agência compromete-se a publicar qualquer eventual investigação que venha a ser divulgada por órgãos de comunicação social credíveis.

O jornalismo de investigação sobre o Presidente Donald Trump e a sua administração manter-se-á "por agora". Se Michael Bloomberg ganhar a investidura democrata, a agência analisará "depois" o que fará.

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