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Pelo menos seis mortos em manifestações no sul do Iraque

Pelo menos seis manifestantes morreram hoje durante protestos no sul do Iraque, numa vaga de protestos que atingem o país há quase dois meses e já mataram centenas de pessoas.

Pelo menos seis mortos em manifestações no sul do Iraque
Notícias ao Minuto

12:38 - 24/11/19 por Lusa

Mundo Iraque

No primeiro dia da semana no Iraque, mais uma vez, foi um anúncio do Governo que provocou a manifestação da população.

O Ministério da Educação decretou que as aulas deveriam ser retomadas, após quase dois meses de manifestações que mataram quase 350 pessoas - além de milhares de feridos - e um mês sem escola em muitas cidades do sul do país.

Uma medida que não foi aceite pelos manifestantes, que exigem uma reforma do sistema político e uma renovação completa de uma classe dominante considerada corrupta, incompetente e leal ao Irão.

"As ameaças dos líderes não nos assustam. Eles podem cortar salários, todos os nossos salários juntos nada pesam contra uma gota de sangue de todos aqueles que caíram nas manifestações", disse Salem Hassan, que contesta o poder em Amara, no sul do país.

"Não podemos permanecer calados diante da barbárie dos líderes e do tempo que levam para satisfazer nossas demandas", declarou o manifestante.

Hoje pela manhã, em Nassíria - onde três manifestantes foram mortos em confrontos com a polícia, segundo fontes médicas - nenhuma escola abriu e a maioria das administrações estava fechada, assim como em Hilla, Diwaniya, Najaf, Kout, Amara e Basra, segundo os jornalistas da agência de notícias AFP.

Além disso, em Nassíria, o centro histórico de revolta, os manifestantes cortaram as cinco pontes que atravessam o rio Eufrates, bem como o acesso à empresa pública de petróleo e a um campo de petróleo nas proximidades.

Na província petrolífera de Basra -- onde três manifestantes foram mortos de acordo com a Comissão de Direitos Humanos do Governo - as principais estradas também foram cortadas, apesar das tentativas da polícia de dispersar os manifestantes com munição real, de acordo com um jornalista da AFP.

A estrada que leva ao porto de Umm Qasr, vital para as importações, está aberta.

Também ocorreram confrontos durante a noite de sábado na cidade sagrada xiita de Kerbala.

Aí, manifestantes disseram à AFP que a polícia estava a disparar "'cocktails molotov' nas casas", que foram parcialmente queimadas e "dispararam munições reais depois da meia-noite".

Os manifestantes responderam ao avanços das forças de segurança com garrafas incendiárias.

Desde 01 de outubro, os iraquianos estão nas ruas no primeiro movimento social espontâneo desde a invasão norte-americana que derrubou o ditador Saddam Hussein em 2003.

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