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Chinês admite envolvimento em espionagem na Austrália, Hong Kong e Taiwan

Um desertor chinês envolvido em operações de espionagem na Austrália, Hong Kong e Taiwan revelou às autoridades australianas uma vasta atividade de espiões e a interferência política da China, informaram hoje os meios de comunicação australianos.

Chinês admite envolvimento em espionagem na Austrália, Hong Kong e Taiwan
Notícias ao Minuto

11:27 - 23/11/19 por Lusa

Mundo Austrália

O agente, identificado como Wang 'William' Liqiang, forneceu às autoridades australianas os nomes de altos funcionários dos serviços de informação chineses em Hong Kong e explicou "em detalhes" como Pequim financia e conduz atividades de interferência política, segundo os jornais do grupo Nine.

Em entrevistas a esses jornais, Wang explicou como Pequim controla uma série de empresas para financiar operações de inteligência que incluem a vigilância de dissidentes e a cooptação de grupos de comunicação.

O agente, que está em Sydney com a sua mulher e filho e solicitou asilo na Austrália, disse que participou em ações como o sequestro do livreiro Lee Bo, um dos cinco editores sequestrados em Hong Kong que foi levado para a China sem qualquer ordem de extradição.

Wang também disse que se infiltrou na universidade e nos meios de comunicação de Hong Kong para combater o movimento pró-democracia, participou numa operação para interferir nas eleições em Taiwan, incluindo as eleições presidenciais do próximo ano, e denunciou que a sua organização tem acordos com vários doadores políticos na Austrália.

O Partido Comunista da China, sob a liderança do presidente Xi Jinping, "infiltra-se em todos os países em áreas como militares, negócios e cultura para atingir os seus objetivos", disse Wang ao Sydney Morning Herald, um dos jornais aos quais deu entrevistas.

A Organização Australiana de Inteligência de Segurança (ASIO, sigla em inglês), a principal agência nacional de informação, à qual Wang fez as revelações, alertou que desde o ano passado houve um aumento de espiões e a interferência estrangeira numa "uma escala" sem precedentes "na Austrália, mas até o momento nunca acusou a China diretamente.

O governo australiano, que nos últimos anos aprovou uma série de leis de segurança controversas em resposta a essas interferências, disse que está a examinar essas revelações.

"Essas informações são muito perturbadoras e o assunto está agora nas mãos das agências de segurança apropriadas", disse o responsável do Tesouro australiano, Josh Frydenberg, segundo a televisão pública da ABC.

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