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EUA sancionam ministro das Telecomunicações do Irão por "censura"

Os Estados Unidos impuseram hoje sanções ao ministro da Tecnologia da Informação e Comunicações iraniano, Mohammad-Javad Azari Jahromi, pelo "seu papel na censura da Internet" no Irão, atingido recentemente por um vasto movimento de contestação.

EUA sancionam ministro das Telecomunicações do Irão por "censura"
Notícias ao Minuto

18:03 - 22/11/19 por Lusa

Mundo EUA

"Os líderes iranianos sabem que uma Internet livre e aberta revela a sua ilegitimidade, por isso estão a tentar censurar o acesso à Internet para reprimir os protestos contra o regime", disse em comunicado o secretário de Estado do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin.

Desde sábado, o Irão desligou a Internet em todo o país, limitando as comunicações com o exterior, o que tornou difícil determinar a escala e a longevidade dos protestos.

Na quinta-feira, essa interrupção começou a ser levantada, atingindo hoje uma conectividade próxima dos 15%, de acordo com a organização de cibersegurança NetBlocks.

"Os iranianos precisam da verdadeira Internet de volta para que possam comunicar e prosperar", afirmou a organização.

Especialistas em Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) alertaram hoje que as autoridades "podem ter usado força excessiva contra os participantes dos protestos".

Segundo os especialistas da ONU, "desligar a rede em todo o país claramente tem um objetivo político: suprimir o direito dos iranianos de aceder a informação e de comunicar num momento de crescente protesto".

Com as sanções aplicadas ao ministro iraniano, Steven Mnuchin observou que Jahromi já trabalhou para o Ministério da Inteligência do país e "avançou com a política repressiva de censurar a Internet".

Jahromi não respondeu imediatamente às sanções, mas tem sido um forte crítico do Presidente Donald Trump na rede social Twitter, um serviço bloqueado há muito tempo no Irão.

Na passada sexta-feira, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, pediu aos manifestantes que enviassem aos EUA vídeos de violência exercida pelas autoridades durante os protestos para um canal especial da aplicação de mensagens criptografadas Telegram, amplamente usada entre os 80 milhões de iranianos.

"Pedi aos manifestantes iranianos que nos enviassem vídeos, fotos e informações a documentar a repressão do regime aos manifestantes", afirmou Pompeo na rede social Twitter, acrescentando que "os EUA irão expor e sancionar os abusos".

As sanções adicionais que o Governo norte-americano poderá aplicar são ainda desconhecidas, visto terem sido prejudicadas as exportações cruciais de petróleo do Irão e outras indústrias desde que Donald Trump se retirou unilateralmente do acordo nuclear de Teerão com as potências mundiais em maio de 2018.

O líder supremo do Irão, o 'ayatollah' Ali Khamenei, e outros funcionários do Governo iraniano também foram sancionados por Washington.

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