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Médicos despedidos no Zimbabué durante greve têm de se recandidatar

O Governo do Zimbabué afirmou hoje que os médicos despedidos na sequência da greve que durou 77 dias têm de voltar a concorrer aos hospitais onde trabalhavam se desejarem voltar, segundo o jornal diário The Herald.

Médicos despedidos no Zimbabué durante greve têm de se recandidatar
Notícias ao Minuto

12:57 - 22/11/19 por Lusa

Mundo Zimbabué

A decisão do Governo é uma tentativa de acalmar as grávidas que ficaram sem cuidados médicos após a maternidade Edith Opperman, em Mbare, um subúrbio na capital Harare, ter fechado por falta de médicos.

A greve dos médicos e enfermeiros, que começou a 03 de setembro, obrigou ao encerramento de clínicas e hospitais, deixando grávidas e doentes sem tratamentos.

No total, 523 médicos foram convocados para audiências disciplinares devido à greve, com a qual os profissionais de saúde reivindicavam aumentos salariais e que os ordenados fossem pagos em dólares norte-americanos, face à desvalorização da moeda local, o dólar zimbabueano.

Durante uma reunião em Harare esta quinta-feira, o ministro de Informação, Publicidade e Serviços de Transmissão, Mangaliso Ndlovu, afirmou que um total de 480 audiências disciplinares já ocorreram e 149 médicos foram considerados culpados e, consequentemente, despedidos, totalizando o número de médicos sem trabalho em 435.

"O Governo decidiu que os profissionais médicos têm de se recandidatar, na reunião de sexta-feira entre o Ministério da Saúde e Assistência à Criança e os representantes da Associação dos Médicos, ainda que alguns médicos mostrassem vontade de voltar a trabalhar", afirmou Ndlovu.

A recandidatura é legal e permite que o Governo renegoceie os contratos com os médicos, mas ainda não se sabe se todos vão ser readmitidos.

Relativamente aos enfermeiros, o ministro disse que a situação continua complicada, sendo que apenas 70 dos 138 profissionais de saúde se apresentaram ao serviço nas seis clínicas que ainda estão operacionais.

Ndlovu afirma que está ciente de um acordo entre o Conselho Nacional de Emprego e o Sindicato dos Enfermeiros para um aumento salarial.

"É esperado, assim, que os enfermeiros se apresentem ao trabalho em breve, mas não lhes serão pagos os dias em que não trabalharam", afirmou o ministro, acrescentando que "medidas disciplinares devido à greve vão ser aplicadas de acordo com a lei".

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